Dona da creche clandestina “Tia Carol”, Caroline Florenciano dos Reis Rech, 30 anos, foi indiciada pela Polícia Civil por maus-tratos de crianças em sua instituição de ensino.
Ainda presa, a mulher foi pega em flagrante pela equipe da Dam (Delegacia de Atendimento à Mulher) dopando e agredindo crianças no dia 10 de julho em Naviraí.
Caroline foi indiciada por maus-tratos, tortura e exposição da vida ou saúde a perigo iminente.
Uma funcionária da creche, Mariana de Araújo Correia, 26 anos, pagou fiança de R$ 1.320 e foi solta, mas vai responder por omissão e pela administração de medicamentos com efeito colateral de sonolência.
O inquérito foi concluído na quarta-feira (19), nove dias após as mulheres serem flagradas cometendo os crimes.
A investigação, concluiu que o local, apesar se conhecido como creche, era apenas a casa da mulher que prestava serviços de cuidados a crianças, sem fins educacionais e operava sem alvará de funcionamento.

Os elementos coletados ao longo da investigação mostraram que Caroline agrediu física e psicologicamente de maneira explícita ao menos 20 crianças de zero a sete anos.
Em nota a Polícia Civil falou mais sobre o caso:
“Convicta da impunidade de cometer os atos ilícitos há meses, sem que nenhuma ação fosse tomada. Estava convicta nas dissimulações que fazia com os pais das vítimas e segura de que não seria descoberta porque boa parte das crianças sequer conseguia falar, já que eram bebês”, diz nota da Polícia Civil.
Entre as agressões cometidas, segundo a PC, estavam puxões de cabelo, beliscões, tapas no rosto, pescoço escopo que era usados como desculpa para “castigar e disciplinar” as crianças, mas eram repassadas como acidentes domésticos aos pais, como se as vítimas tivessem caído e se machucado.
O local funcionava no Bairro Sol Nascente e o valor médio por criança, era de R$ 280 reais.
A polícia, foram apresentadas filmagens feitas por mães das vítimas, onde as crianças apresentavam sonolência induzida por uso de medicamento contra indicado para menores de dois anos e indicado para enjoos, vômitos e tonturas.
A polícia concluiu que, apesar do indiciamento das mulheres, as investigações continuam para identificar outras crianças que também foram vítimas na creche.