Os tripulantes do helicóptero que caiu em uma área remota do Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema, na região de Naviraí, cidade a 366 quilômetros de Campo Grande tem envolvimento com atividades ilícitas, incluindo tráfico de drogas, afirma a Polícia Civil do Mato Grosso do Sul.
Os dois ocupantes do helicóptero, José Flávio Castro Barretto, o piloto, e um outro homem, foram resgatados com vida, mas com ferimentos.
Para o portal Campo Grande News, a delegada responsável pelo caso, do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado, Ana Cláudia Medina, afirmou ainda que o helicóptero, um R22 Beta, de 2003, estava voando em condições irregulares no momento da queda. O Certificado de Aeronavegabilidade da aeronave havia sido cancelado e ela não tinha autorização para operar como táxi aéreo.
Ana afirmou ainda que Barretto é suspeito de envolvimento com atividades ilícitas, incluindo tráfico de drogas. Ele também é investigado por falsificação de documentos e por intermediar a compra e venda de helicópteros.
“Vamos periciar a aeronave tão logo seja possível e o que podemos afirmar por enquanto é que ela voava em condições irregulares”, afirmou Medina. O helicóptero aparece, no Registro Aeronáutico Brasileiro, com operação negada para táxi aéreo e com o Certificado de Aeronavegabilidade cancelado.
Barretto chegou a ser preso na Operação Magnus realizada dia 30 de junho, mas foi colocado em liberdade pela 23ª Vara Federal de Curitiba, Paraná.
Na ocasião, segundo a delegada, Barretto ficou proibido de manter contato com os outros investigados da operação e de sair do país. Além disso, deveria comparecer mensalmente em juízo para informar e justificar suas atividades e comunicar o endereço atualizado.
A investigação aponta que Barretto dedicava-se à manutenção e alteração/adulteração das aeronaves utilizadas para o tráfico de drogas, atuando também na intermediação de compra e venda de helicópteros. Bem como na falsificação de documentos. Sua atividade é descrita em processo como “operacional e restrita”.
A Polícia Militar Ambiental foi acionada por comunicação via satélite e utilizou um drone para localizar o helicóptero. Os policiais encontraram os dois ocupantes da aeronave em uma área de mata fechada, às margens do rio.
Os dois homens foram resgatados e levados para a sede do Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema para cuidados médicos. Com as vítimas foram encontrados R$ 32 mil, distribuídos em notas de R$ 100.
A operação também teve como alvos Cecy Mendes Gonçalves da Mota, Antonio Joaquim da Mota e Antonio Mendes Gonçalves da Mota, conhecido como Motinha ou Dom, foragido integrante da lista da Interpol e apontado como chefe dos mercenários alvo da Operação Magnus realizada dia 30 de junho.
A investigação sobre a queda do helicóptero ainda está em andamento.