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quinta-feira, 18 de julho de 2024

Após a morte de jovem em teste físico da PM/MS, políticos e especialistas pedem criação de LEI para regulamentar do TAF

A morte de Arthur Matheus Martins Rosa, um jovem de 25 anos, que morreu durante um teste de aptidão física (TAF) para o concurso da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, levantou uma série de discussões sobre a regulamentação do TAF em concursos públicos no Estado.

Arthur era agente penitenciário e já havia realizado outros testes de aptidão física. Ele estava apto, conforme os exames médicos realizados anteriormente à prova atestaram. No entanto, ele passou mal durante o TAF e faleceu.

O deputado estadual Pedro Kemp, que representou a família de Arthur na Câmara Municipal de Campo Grande, afirmou que o jovem foi vítima de negligência e que o TAF deve ser regulamentado por lei através do projeto 228/2023 criado por ele.

“O TAF não pode ser um teste de sobrevivência. Ele deve ser um teste justo e adequado para avaliar as condições físicas dos candidatos”, disse Kemp.

Já o profissional de educação física, Márcio Alexandre Alencar, também defendeu a regulamentação do TAF. Ele afirmou que o teste deve ser realizado em condições adequadas e que os candidatos devem ter tempo suficiente para se preparar.

“O TAF deve ser realizado em um ambiente seguro e com condições climáticas favoráveis. Os candidatos devem ter tempo suficiente para se preparar e devem ser acompanhados por profissionais de saúde”, disse Alencar.

O governo do Estado de Mato Grosso do Sul afirmou que está investigando a morte de Arthur e que vai tomar as medidas cabíveis.

“A morte de Arthur é um alerta para a necessidade de regulamentar o TAF em concursos públicos. O teste deve ser justo e adequado para avaliar as condições físicas dos candidatos, mas não deve ser um teste de sobrevivência”, concluiu Kemp.

Outras mortes no TAF

Em 2023, quatro candidatos a cargos públicos morreram durante testes físicos. Os casos ocorreram em Minas Gerais, Amapá, Amazonas e Rio de Janeiro.

Em janeiro, dois candidatos morreram durante a etapa de teste físico do concurso da Polícia Penal de Minas Gerais.

Em fevereiro, um candidato morreu após passar mal em teste físico do concurso da PM do Amapá.

Em novembro, um candidato morreu após passar mal durante um teste de aptidão física do concurso do CBMAM (Corpo de Bombeiros do Militar do Amazonas).

Em junho, um candidato morreu ao participar de um teste físico para inspetor da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Em março, um soldado morreu após ter passado mal depois de uma bateria de exercícios. Em abril, um cadete do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro morreu durante uma caminhada.

O governo federal e os governos estaduais estão investigando as mortes e devem tomar medidas para evitar novos casos.

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