O governador Eduardo Riedel (PSDB) se reúne nesta quinta-feira (17) com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), para discutir a retomada das obras da UFN3 (Unidade Fertilizantes Nitrogenados), em Três Lagoas.
Listada pelo Novo PAC como investimento nacional em estudos, a obra pode ser retomada ainda neste ano pela estatal.
“Tenho uma reunião com o presidente da Petrobras na sede no Rio de Janeiro e ele vai me dar uma posição. A ministra e seu gabinete dela em Brasília definiram a estratégia da Petrobras e eles vão antecipar comigo amanhã para que nos coloquem o cenário encontrado e como está encaminhada a situação”, informou Riedel durante assinatura de emendas na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (16).
Riedel afirma que o pedido do Estado é pela retomada das obras.
UFN3
Com as obras paradas desde 2014, a UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III), em Três Lagoas, foi inclusa no Novo PAC e listada não como investimentos, mas sim em ‘estudos’ pelo Governo Federal, em evento no Rio de Janeiro com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do governador Eduardo Riedel (PSDB).
O local está com mais de 80% das obras concluídas e quase foi vendido pela Petrobras, que pode tocar a conclusão da obra com o Novo PAC. Quando Lula assumiu o governo, foi suspensa a ordem de venda da fábrica.
A UFN3 e o contorno rodoviário de Três Lagoas são duas importantes obras anunciadas pelo PAC na cidade de origem da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB). A expectativa era que a unidade produzisse 3,6 mil toneladas de ureia e 2,2 mil toneladas de amônia por dia.
A construção da UFN3 em Três Lagoas teve início em 2011 e a obra foi paralisada em dezembro de 2014, após a Petrobras romper o contrato com o consórcio responsável pela obra. A estatal colocou a UFN3 à venda em setembro de 2017, alegando que não tinha mais interesse em seguir no segmento de fertilizantes.
Em 2022, o grupo russo Acron manifestou interesse na compra da fábrica. Negociações foram iniciadas, mas restaram fracassadas no final de abril porque o plano de negócios proposto pelo potencial comprador queria rebaixar a fábrica para uma indústria misturadora de fertilizantes, condição que não teve aprovação do Governo do Estado.