O sepultamento de pessoas em contato direto com o solo tornou-se uma questão ambiental no Brasil após a publicação da resolução nº 335 do Conama, em maio deste ano.
De acordo com o site Chapadense News, a norma estabelece novas regras para o licenciamento ambiental de cemitérios, com o objetivo de proteger o lençol freático da contaminação por necrochorume, líquido produzido pela decomposição de corpos.
Em Chapadão do Sul, todos os túmulos são revestidos internamente para evitar o contato com o solo. As covas são impermeabilizadas, o que elimina o risco de vazamento do necrochorume.
Já em Campo Grande, cerca de 15 mil túmulos dos cemitérios públicos ainda não foram adequados. A prefeitura da capital sul-mato-grossense notificou famílias para que adequassem os túmulos de seus entes queridos. Até o momento, apenas 10% dos túmulos foram regularizados.
Chapadão do Sul como exemplo
A adequação dos cemitérios de Chapadão do Sul é um exemplo positivo de cumprimento das novas regras ambientais. A cidade é uma das poucas no Brasil que já implementou a norma do Conama.
A empresa funerária responsável pelos cemitérios da cidade informou que todos os túmulos são revestidos com placas de concreto, que impedem o contato do caixão com o solo. As covas também são impermeabilizadas com mantas de polietileno.
Campo Grande ainda precisa se adequar
Em Campo Grande, a prefeitura ainda precisa notificar as famílias de todos os túmulos que ainda não foram adequados. A cidade tem cerca de 15 mil túmulos nos cemitérios públicos, sendo que apenas 1,5 mil foram regularizados.
A prefeitura informou que está trabalhando para adequar todos os túmulos até o final de 2023.