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sábado, 20 de julho de 2024

Lula avalia manter perdão de multas de até R$ 20 mil para presos, mas medida encontra resistência

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia manter no decreto de indulto de Natal o perdão de multas de até R$ 20 mil para os detentos.

Em caso de valores superiores, o texto do Ministério da Justiça estabelece que o indulto só poderá ser concedido aos presos mais pobres.

A proposta, no entanto, encontra resistência de aliados do governo e de associações de promotores, que questionam o impacto financeiro e jurídico que a medida causará.

Segundo o site Poder 360, Lula discutiu a proposta na última sexta-feira (22) com Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, e Wellington César Lima e Silva, atual secretário especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República.

A proposta estabelece a proibição de indulto a lideranças de facções, e condenados por:

  • Genocídio;
  • Terrorismo;
  • Crimes contra a democracia;
  • Racismo;
  • Crimes em qualquer contexto de agressão a mulheres;
  • Tortura;
  • Crimes contra o meio ambiente;
  • Crimes contra a administração pública.

O texto também concede benefício para mulheres presas que tenham filhos com idade inferior a 12 anos. Além de detentos em situações de:

  • Paraplegia, tetraplegia, monoplegia, acometidos de doenças crônicas;
  • Presos com espectro autista severo;
  • Presos vítimas de tortura por policiais durante a prisão.
  • O texto ainda estabelece que os presos contemplados pelo indulto deverão ter cumprido uma quantidade da pena, que varia de acordo com o grau do crime.

Excluídos os presos pelos crimes citados no texto, qualquer detento poderá ser beneficiado pelo indulto natalino. No entanto, dependerá da decisão dos juízes e também da apresentação de requerimentos pelos advogados de defesa ou da Defensoria Pública.

Um dado do CNPCP mostra que mais de 30.000 presos seriam soltos sem a necessidade de indulto.

A proposta de indulto de Natal de Lula ainda está sendo discutida e pode sofrer alterações antes de ser publicada. A medida é polêmica e encontra resistência de diversos setores da sociedade.

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