A bancada evangélica ainda não digeriu a fala do líder da frente, Silas Câmara (Rep-AM), que mudou o discurso da água para o vinho após se reunir com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na última semana.
Após chamar a medida do governo Lula de “lamentável”, Silas declarou que há “diálogo aberto” com o governo sobre o fim da isenção fiscal a pastores.
Conforme a coluna do jornalista Cláudio Humberto, a declaração foi recebida com indignação por membros da própria frente.
“Que diálogo? Com que pastor? Ele que fale por ele”, retrucou à coluna o vice-presidente da frente, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).
A frente evangélica se ressente por não ter sido chamada antes da tesourada. O clima piorou quando Haddad escolheu a dedo quem daria explicações.
“O governo falhou na tentativa de se aproximar do segmento”, avalia Sóstenes.
Reservadamente, membros da frente acusam o governo de tentar negociar a manutenção da isenção por pautas de interesse do Planalto. “Cai na chantagem do governo quem quiser”, diz Sóstenes.