Preso acusado pelo atentado contra o então candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro, em 2018, Adélio Bispo deixará o presídio federal de Campo Grande e seguirá para Minas Gerais.
A decisão é da Justiça Federal, que acolheu pedido da DPU (Defensoria Pública da União). Pela decisão, o Juízo de origem, em Minas Gerais, deverá providenciar tratamento ambulatorial ou, excepcionalmente, a internação, considerando todas as medidas de segurança necessárias, de forma a garantir a integridade psíquica e física de Adélio Bispo. A Justiça concedeu prazo de 60 dias para serem tomadas essas providências.
A alegação da defesa é de que Adélio não pode continuar recolhido em um estabelecimento penal, ainda que nele exista estrutura capaz de prestar atendimento médico equivalente a uma Unidade Básica de Saúde, como é o caso da penitenciária de Campo Grande, tampouco ser enviado para um manicômio judicial.
A DPU (Defensoria Pública da União), segundo o Midiamax, considera a estrutura da penitenciária inadequada para o tratamento indicado a Adélio e afirma que sem estrutura apropriada, o estado mental do autor deve ser prejudicado. A penitenciária tem posto médico, mas a própria unidade admite que a estrutura é inapropriada para terapia psiquiátrica completa.
O autor do atentado foi declarado inimputável, ou seja, sem condições de responder por seus atos. Ele cumpre medida de segurança em Campo Grande, onde permanece em uma forma de internação como substituição à pena até 2024, de acordo com reavaliação médica feita em 2022.