Os servidores públicos municipais, que tiveram o reajuste anunciado pela atual gestão no valor de 4,51% na última semana, hoje amanheceram indignados com o resultado da aprovação do Projeto de Lei 006 e 007/2024, que prevê um aumento de pouco mais de 37% nos salários dos vereadores e secretários municipais.
A revolta maior é pelo aumento de salário para secretários municipais, que além do pagamento, viajam o ano todo, recebendo diárias, enquanto quem carrega o fardo pesado, muitas vezes sem recurso básico de trabalho, principalmente nas questões de saúde pública e educação, o reconhecimento é zero, destaca uma servidora que preferiu não se identificar, pois sofre perseguição política. Isto é o que está sendo preparado para a legislatura de 2025, concluiu.
De acordo com a aprovação, o aumento de quase 40% nos salários dos vereadores e secretários municipais, será fixado os subsídios da seguinte forma:
- Secretários Municipais e Dirigentes de Autarquias Municipais: subsídio mensal de R$ 10.432,39 (dez mil quatrocentos e trinta e dois reais e trinta e nove centavos)
- Vereadores: subsídio mensal de R$ 10.432,39 (dez mil quatrocentos e trinta e dois reais e trinta e nove centavos).
Durante a votação do projeto, o Vereador Alfredo Alexandrino, discursou expressando sua oposição ao aumento proposto, “Senhor presidente, diante de tudo o que vem acontecendo no cenário político, principalmente ao nível municipal de Água Clara, votarei contra esse projeto e solícito que meus colegas votem contra também. Até a data de hoje, existem funcionários municipais ganhando abaixo do salário mínimo, porque a prefeita municipal não teve a competência de adequar o salário mínimo, o que a legislação manda”, concluiu Alexandrino.
De acordo com o vereador Fernando Roberto, que votou contrário também ao aumento, esse custo adicional na folha de pagamento será de mais de 700 mil reais ao ano, que no decorrer dos próximos cinquenta anos, chegarão a 35 milhões. A decisão contrária de Fernando destaca ainda, que esse dinheiro poderia ser investido para o futuro da população de Água Clara.
O vereador Marcelinho Carvoeiro, segue a mesma linha dos colegas citados acima, votando contrário a esse aumento, desfavorecendo a população. Carvoeiro ressaltou que nos próximos quatro anos, entre 2025 e 2028, o prejuízo aos cofres públicos deve chegar aproximadamente no valor de R$ 3 milhões de reais, enquanto a falta de medicação e de tratamento adequado para os pacientes de Água Clara, que dependem da gestão atual, continua defasada e sem assistência.
Resultando em um placar final de 7 votos a favor e 3 votos contra. A decisão do legislativo de Água Clara levanta debates acalorados e coloca em evidência a complexidade das questões salariais no município, deixando em aberto o futuro e as possíveis repercussões desse aumento para a comunidade local.
