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domingo, 24 de novembro de 2024

Ampasul promove reunião para esclarecimento sobre crédito de carbono aos produtores rurais

O crédito de carbono está se tornando nova commodity na atividade agropecuária

O crédito de carbono pode estar se tornando nova commodity do agronegócio, trata-se da atribuição de valor para cada tonelada de gás carbônico sequestrado ou não lançado na atmosfera, na atividade agropecuária.

Um assunto relativamente novo para os produtores rurais, motivou a Ampasul, Associação Sul-Mato-Grossense dos Produtores de Algodão a promover uma reunião entre produtores rurais, colaboradores de grupos empresariais do agronegócio, técnicos da Ampasul e da empresa Agoro Carbon Alliance, do Grupo Yara International.

Foi a reunião moderada pelo Coordenador de Sustentabilidade da Ampasul, Cícero Miguel de Oliveira e contou com a participação do Presidente da entidade, o cotonicultor e agropecuarista Darci Agostinho Boff.

Cícero destacou o desenvolvimento de programas que buscam a sustentabilidade da produção do algodão em Mato Grosso do Sul, desenvolvidos pela Ampasul e no Brasil, através da Abrapa, Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, como o Programa ABR/BCI. “São programas que vem de encontro com a sustentabilidade da atividade da cotonicultura e este projeto de crédito de carbono alinha-se com eles, o que nos motivou a promover esta reunião esclarecedora”, disse Cícero.

A Yara assinou o pacto global da ONU para o desenvolvimento sustentável e através da Agoro, está desenvolvendo projetos aos produtores rurais para que obtenham o crédito de carbono.

Um crédito de carbono representa uma tonelada de CO2 que é sequestrado pelas plantas ou deixado de ser emitido, também na atividade agropecuária. Para medição e remuneração é necessário a elaboração e a condução de projeto rigorosamente fiscalizado.

Existem duas modalidades de sistemas; o insetting, (inserção de carbono) controlado por órgãos governamentais e o offsetting, que foca em compensar as emissões que não podem ser evitadas. Grandes empresas multinacionais fiscalizam os projetos e pagam o crédito de carbono. É nesta modalidade em que atua a Agoro, diretamente aos produtores rurais.

No sistema floresta já existe um parâmetro para pagamento do crédito de carbono, pois estudos já apontam o CO2 que ela resgata e fixa no solo, já na agricultura e pecuária são necessários; a elaboração e execução de projetos, com novas práticas agrícolas que os promovem.

Para elaboração do projeto, o produtor rural deve eleger um talhão, ou sua propriedade. A comprovação do resgate e diminuição de CO2 na sua execução é calculado através de parâmetros desenvolvidos a partir de longos estudos, que se chegou à calculadora de carbono, passando até por análise de solo específica.

Mesmo aqueles produtores que desenvolvem agricultura sustentável, com plantio direto, rotação de culturas e integração lavoura pecuária, ainda conseguem, desenvolver projetos e conseguir crédito de carbono. Já os arrendatários precisam de contrato de arrendamento de no mínimo dez anos, para conseguirem elaborar e desenvolver projetos de crédito de carbono.

Evelin Krebsky e Iuri Santos, da Agoro participaram da reunião na Ampasul para esclarecer a forma de elaboração de projeto crédito de carbono na agropecuária.

Fonte: Ampasul

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