A Universidade Federal da Bahia (UFBA) enfrenta um cenário preocupante com a redução de R$ 13 milhões em seu orçamento para 2024 por parte do Governo Federal, o que representa uma queda de 7% em relação ao ano anterior.
Essa diminuição, somada à defasagem orçamentária acumulada nos últimos anos, coloca em risco o desenvolvimento das atividades da instituição e impacta diretamente o futuro da educação e da pesquisa no Brasil.
Considerando a correção inflacionária, a perda de recursos é ainda maior, exigindo cerca de R$ 21,6 milhões adicionais apenas para manter o mesmo poder de compra do ano anterior.
A UFBA não está sozinha
O orçamento total das universidades federais foi cortado em R$ 310,3 milhões em 2024, evidenciando um descaso com o ensino superior público no país.
Conforme o site Terra Brasil Notícias, o reitor da UFBA, Paulo Miguez, criticou a falta de investimentos e a incoerência do corte, especialmente em um momento de crescimento do orçamento do MEC. Ele destaca que as universidades são essenciais para o desenvolvimento do país e não podem ser abandonadas.
“A defasagem orçamentária impõe à comunidade universitária, tanto na UFBA quanto em todo o país, continuar enfrentando sacrifícios”, afirma o reitor Paulo Miguez. “O corte é inexplicável, dado que muitos ministérios, incluindo o da Educação (MEC), viram seus orçamentos aumentarem neste ano. Portanto, é necessário que o MEC reorganize internamente seu orçamento, contemplando as universidades”, declarou Miguez.
“As universidades representam a grande aposta de nossa sociedade em um futuro de conhecimento e liberdade, e por isso devem ser protegidas, e não abandonadas”, enfatiza o reitor.
Em termos nominais, o orçamento de 2024 é inferior ao de 2014, mesmo com o aumento no número de alunos, cursos e infraestrutura da universidade. A defasagem se torna ainda mais evidente quando se considera a correção inflacionária, com uma perda de R$ 99 milhões desde 2016.
Incerteza
Apesar do aumento previsto para essa área, grande parte do investimento depende da abertura de crédito adicional pelo Governo Federal, o que gera insegurança quanto à sua aplicação.