Secretário da Casa Civil do Governo de Mato Grosso do Sul, Eduardo Rocha que a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, vêm a Três Lagoas até maio apresentar cronograma de finalização das obras da UFN3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados.
O secretário, que é esposo de Simone, explicou a agenda durante a abertura da segunda edição da Caravana da Sudeco, em Campo Grande, que aconteceu no último dia 20 deste mês.
“No final de abril, até o começo de maio, a ministra Simone, o presidente da Petrobras e o ministro de Minas e Energia vão estar pessoalmente em Três Lagoas para anunciar o cronograma para finalização das obras”, adiantou.
NOVO PAC
A Petrobras informou a retomada da construção da fábrica de fertilizantes UFN3, localizada em Três Lagoas, para 2024. A expectativa é de que a conclusão da obra ocorra em um prazo de até dois anos.
A obra foi listada como em estudo pelo Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e gerou dúvidas sobre se estaria nos planos da empresa para continuação.
No entanto, com articulação do coordenador da bancada federal de Mato Grosso do Sul, deputado federal Vander Loubet (PT), e da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, a obra entrou nos planos da empresa para ser concluída e entregue pelo governo Lula até o final do seu mandato.
A UFN3, quando concluída, terá um papel fundamental na redução da dependência brasileira em 15% dos nitrogenados, contribuindo para a autonomia nacional no setor de fertilizantes. Com 81% da obra realizada, a construção foi paralisada no final de 2014.
A fábrica de fertilizantes foi projetada para consumir diariamente 2,3 milhões de metros cúbicos de gás natural, fazendo a separação e os transformando em 3.600 toneladas de ureia e outras 2.200 toneladas de amônia por dia.
A construção da UFN3, em Três Lagoas, teve início em 2011 e a obra foi paralisada em dezembro de 2014, após a Petrobras romper o contrato com o consórcio responsável pela obra. A estatal colocou a UFN3 à venda em setembro de 2017, alegando que não tinha mais interesse em seguir no segmento de fertilizantes.
Em 2022, o grupo russo Acron manifestou interesse na compra da fábrica. Negociações foram iniciadas, mas restaram fracassadas no final de abril porque o plano de negócios proposto pelo potencial comprador queria rebaixar a fábrica para uma indústria misturadora de fertilizantes, condição que não teve aprovação do Governo do Estado.