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Três Lagoas
terça-feira, 16 de julho de 2024

Prefeitura de Três Lagoas vai construir cemitério de animais

Angelo Guerreiro, defensor da causa animal, anunciou a obra durante lançamento do “pacotão” realizada recentemente na Feira Central

Nas próximas semanas, a Prefeitura de Três Lagoas, deve divulgar a licitação que visa contratar empresa para construir um cemitério para cães e gatos de pequeno porte na cidade. A construção será feita em u terreno ao fundo do cemitério municipal.

Com uma área já definida, a prefeitura visa a construção modular. Um método que tem crescido nos últimos anos. Esse processo tem se baseado na construção de módulos individuais pré-fabricados. Essa metodologia comporta diversas técnicas e é eficiente para produzir processos simultâneos, com um custo reduzido e ágil.

A obra é uma necessidade em Três Lagoas. Quando os tutores perdem os seus animais de estimação, muitas vezes não sabem onde podem levá-los. Alguns descartam os bichos em terrenos, o que ocasiona transtornos a toda população.

Um exemplo é próximo é a segunda lagoa, em Três Lagoas. Muitos animais são descartados no local na região, causando um mau cheiro.

DEFENSOR DA CAUSA ANIMAL

Pensando em como poderia solucionar o problema, o prefeito Angelo Guerreiro (PSDB) resolveu construir um cemitério para animais. Um apaixonado por bichos e defensor da causa animal, o chefe do Executivo quer terminar o mandato com mais uma obra necessária para Três Lagoas.

Atualmente, a prefeitura tem um convênio com uma empresa que faz o recolhimento de animais mortos. Se acaso, por uma fatalidade um de seus animais acabar falecendo, você pode entrar em contato com o Centro de Zoonoses que o funcionário de uma empresa contratada vai ao local buscá-lo. O corpo do pet é congelado e em seguida, encaminhado para a cidade de Dourados onde é incinerado.

Conhecido por ser um defensor da causa animal, nesta semana, o prefeito Angelo Guerreiro usou as redes sociais para divulgar um cão perdido. O chefe do Executivo tem vários animais resgatados das ruas e no vídeo publicado ele faz buscas para encontrar o dono de uma cadela de cor caramelo.

O amor é tão grande que ele chega a levar os animais para o gabinete da prefeitura. “Estamos divulgando o vídeo para encontrar o dono dessa cadelinha. Ela desapareceu e está aqui na prefeitura. É uma cachorrinha muito bem cuidada. Basta trazer o comprovante para comprovar que você é o dono e vir buscá-la aqui no meu gabinete”, disse.

A causa animal ‘move montanhas’ em Três Lagoas. Além do prefeito, a cidade tem várias protetoras de animais que não medem esforços para resgatar bichinhos abandonados.

Assim como entidades espalhadas pelo Brasil, em Três Lagoas não é diferente. Quem ama os pets, sofre com a falta de órgãos que possam recolher os animais. O que a maioria das pessoas faz é resgatar e colocá-los em suas próprias residências para tentar doá-los.

Exigir que as ONGs recolham todos os animais das ruas não é correto, pois quem trabalha para as ONGs são voluntários e os recursos dessas entidades são provenientes de doações e, na maioria das vezes, os próprios voluntários colocam dinheiro do próprio bolso.

O Perfil News já mostrou vários casos de entidades sérias de Três Lagoas que lutam pela causa animal como podem. Algumas precisam custear altos valores com veterinários por amar os animais, mas sem ajuda do Poder Público.

PROJETO AEMAR

Uma das ações que acontecem em Três Lagoas é o projeto EAMAR, criado por Gislaine Pietro Ribeiro de Oliveira. A entidade, que já tem mais de quatro anos, visa oferecer abrigo e alimento aos animais de rua da cidade.

Juntamente com ONGS ‘dos anjos desamparados’ os grupos confeccionam casinhas e comedouros e espalham pela cidade em uma união de amor e carinho a esses seres tão indefesos que são os animais.

“Dependemos de doações para ajudar os animais de rua e estamos sempre cobrando o poder público para que também ajude com castrações. Principalmente dos gatos. Distribuímos comedouros pela cidade, em locais públicos que tenham animais em necessidade. Também ajudamos voluntários com tratamentos. Realizamos muitos atendimentos aos animais. Temos muitas despesas com veterinários e ajudamos voluntários. Toda verba que levantamos no último evento foi para as despesas dos veterinários que estávamos devendo. Ainda não conseguimos pagar todos, mas uma parcela recebeu. Também arcamos com algumas castrações”, lamentou.

PROTETORAS TRÊS LAGOAS

A três-lagoense, Vandressa Borges, é outra defensora da causa animal. Uma protetora que diariamente defende a vida dos ‘anjos de quatro patas’ com unhas e dentes. Tesoureira da Associação Protetora de Três Lagoas, ela realiza um trabalho voluntário na entidade há anos.

O trabalho voluntário das protetoras começou há aproximadamente uma década, mas há cinco anos se tornou uma associação para que as doações fossem destinadas exclusivamente a uma conta.

A cidade de Três Lagoas não possui muitas políticas públicas voltadas para a causa animal. Sem esperar do poder público, as corajosas protetoras resolveram ‘arregaçar as mangas’ e lutar pela causa, mas infelizmente nem sempre recebem o devido reconhecimento da população.

Realizando um trabalho voluntário, sem ajuda alguma do poder público, muitas pessoas acham que as protetoras têm a obrigação de conseguir arcar com todas as demandas de animais que necessitam cuidados na cidade.

MALABARISMO

]As protetoras dividem a vida pessoal delas para realizar ‘malabarismos’ e assim ajudar os animais, mas sem políticas voltadas para a causa e sem verba para ajudá-las. Vandressa é um exemplo dessa dupla e às vezes até tripla jornada. Advogada, ela está na associação devido ao amor que ela sente pelos animais, mas as pessoas acabam confundindo e cobrando as protetoras como se fossem responsáveis, assim como seria o Poder Público.

“Vários animais precisam de tratamento veterinário, alguns ficam recebendo atendimento por um ano. Sem doações e sem ajuda do Poder Público, a associação não tem como arcar com as despesas. Temos dívidas com veterinários, pois levamos o animal para o tratamento, mas sem verba, não conseguimos pagar o profissional de veterinária. Durante a pandemia ficamos zerados de doações e o aumento de animais abandonados disparou. Precisamos de ração e dinheiro para tratamento. A associação tem um trabalho muito sério, está realizando um serviço que deveria ser feito pelo município. Já temos uma enorme quantidade de cães e gatos resgatados, não temos espaço para abrigá-los. Também não podemos fazer uma feira de adoção e simplesmente entregá-los para qualquer pessoa. Já houve casos de adotarem e precisarmos realizar o resgate do mesmo animal. Adoção é responsabilidade”, ressaltou.

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