A Polícia Civil está investigando um caso de feminicídio ocorrido ontem, 10/04, no município de Água Clara. Segundo apurado, um homem de 27 anos de idade colocou fogo com gasolina na companheira de 40 anos de idade, porque não queria que ela se internasse numa clínica de reabilitação.
Segundo apurado, preliminarmente, o casal estava junto há aproximadamente sete meses e ambos eram dependentes de bebida alcoólica e crack. A mulher resolveu procurar ajuda junto à Secretaria de Saúde do Município para se internar, a fim de que pudesse vencer sua dependência.
Com a notícia de que a vaga teria sido disponibilizada, o homem ficou enfurecido, fez uso de crack e de muita bebida alcoólica e, na sequência, agrediu a mulher. Após algumas horas, quando ela já estava dormindo, ele bloqueou a única saída da casa com um fogão, acordou a mulher e mandou ela ir embora.
Quando a vítima foi tentar sair de casa, deparou-se com o fogão bloqueando a saída. O homem, que já havia coloca gasolina num recipiente, ateou fogo e o lançou em direção à vítima, que teve as chamas espalhadas pelo corpo.
Ela conseguiu tirar o fogão da porta e fugiu para o quintal, rolando na terra para apagar as chamas. Na sequência ela fugiu do local e foi até o hospital pedir ajuda e os funcionários acionaram a Polícia Militar, que agiu rapidamente e conseguiu prender o agressor.
O homem acreditou que sua companheira teria fugido para casa de uma amiga e munido de um recipiente com gasolina, uma espuma de colchão e um isqueiro foi até lá. No local, tirou algumas telhas e entrou na residência para conferir se sua companheira estava lá.
Ao perceber que ela não estava, foi embora do local, abandonando os petrechos que provavelmente iria utilizar para causar um incêndio no local para tentar matar vítima. A mulher teve queimaduras graves nas pernas, mas passa bem.
De acordo com o Delegado Titular da Delegacia de Água Clara, Felipe Rossato, o homem foi preso em flagrante pela prática do crime de homicídio, na forma tentada, qualificado por motivo fútil, com emprego de fogo, meio de dificultou a defesa da vítima e feminicídio tentado.
A Polícia Civil representou pela sua prisão preventiva e aguarda decisão do Poder Judiciário. As investigações seguem para apurar todas as circunstâncias do fato e têm o prazo de dez dias para serem finalizadas.