Na manhã desta terça-feira (7), o número de mortos em decorrência das enchentes no Rio Grande do Sul aumentou para 90, conforme o mais recente boletim da Defesa Civil do estado. Além disso, quatro óbitos estão sob investigação, enquanto 132 pessoas permanecem desaparecidas e 361 estão feridas.
As chuvas intensas afetaram um total de 1.367.506 pessoas em 388 municípios, resultando em quase 156 mil desalojados e outros 48 mil acolhidos em abrigos.
Conforme o site Metrópoles, o nível do rio Guaíba, em Porto Alegre, permanece acima da cota de inundação, mesmo com uma trégua nas chuvas. Hoje, o rio atingiu a marca de 5,27 metros, 2,27 metros acima do limite para inundação, que é de 3 metros. No domingo (5), o rio alcançou o pico de 5,33 metros, superando o recorde anterior de 4,76 metros registrado em 1941.
Outros rios também estão com níveis elevados, incluindo o rio Taquari em Muçum (7,44 metros), o rio Caí em Feliz (3,51 metros) e o rio Uruguai em Uruguaiana (9,71 metros).
O boletim da Defesa Civil revela que 451 mil pessoas estão sem energia elétrica e quase 650 mil estão sem abastecimento de água. Além disso, há interrupções no serviço de internet e telefone em alguns municípios.
As aulas permanecem suspensas em toda a rede municipal, afetando 273.155 estudantes em 216 municípios. Cerca de 52 escolas estão sendo utilizadas como abrigo.
No que diz respeito às rodovias, há 95 trechos em 41 estradas com bloqueios totais ou parciais, afetando o tráfego de veículos e pedestres. A Secretaria de Logística e Transportes trabalha para desobstruir as vias o mais rápido possível.
No domingo (5/5), o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional reconheceu o estado de calamidade pública em 336 municípios do Rio Grande do Sul devido às chuvas intensas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu assistência ao estado “sem burocracia” durante sua visita às áreas afetadas.
