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quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Deputados ressaltam impulsionamento da economia de MS devido aos incentivos fiscais

Um dos temas abordados na tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), nesta manhã (8), foi a política de incentivos fiscais. O deputado Paulo Duarte (PSB) explicou parte do processo para a concessão do benefício. “Os incentivos fiscais são publicados em Diário Oficial, e estão previstos e inseridos na Lei Orçamentária Anual (LOA). Não dá para ouvir a fala de com a renúncia do incentivo fiscal, o dinheiro estaria de volta aos cofres estaduais, solucionando todo o problema de servidores, ou qualquer outro de caixa que fosse necessário”, relatou.

O parlamentar lembrou a política para atrair investimentos industriais em Mato Grosso do Sul iniciou com o ex-governador Zeca do PT. “Sou servidor público desde 1985, e houve tempo que o funcionalismo ficou quatro meses sem receber, quem virou essa chave foi o governador Zeca, quando começou a discussão sobre incentivos fiscais. Até então era um mero exportador de matéria-prima. Nessa época eu fui secretário de fazenda e quando fui a São Paulo para trazer a indústria têxtil, só conseguimos devido a renúncia fiscal”, detalhou o deputado Paulo Duarte.

“Outras empresas, como a Suzano, não viriam para Mato Grosso do Sul, se não houve o incentivo fiscal. E estes não acontecem só para os grandes, também acontece para bares e restaurantes, o C do ICMS significa circulação, a circulação de bens, mercadorias e serviços. Quando o Estado concede o incentivo, esse dinheiro converte-se em renda e salário, o imposto renunciado volta diretamente para a economia estadual”, concluiu o parlamentar.

O deputado estadual Zeca do PT (PT), que foi governador de Mato Grosso do Sul, parabenizou a fala proferida na tribuna. “Ouvi atentamente e Vossa Excelência fez uma aula sobre o processo de industrialização e desenvolvimento econômico de Mato Grosso do Sul. Há um marco divisor a partir de 1999, quando assumimos a responsabilidade de tirar o estado do fundo do buraco. Quero dizer que recentemente foram anunciados 38 novos frigoríficos, um deles começou com incentivo fiscal ao grupo Bertin, em nosso governo, que foi transferido para o JBS. Ninguém pensava também no aproveitamento do maciço florestal do Bolsão, com a International Paper”, lembrou.

O deputado Caravina (PSDB) elogiou o desenvolvimento econômico do Estado, nos últimos anos. “Quem conhece sobre o assunto sabe a importância dele para o desenvolvimento do Estado, mudou a matriz, trouxe a indústria e tem recursos para fazer transformações nos municípios. O Estado é próspero graças ao trabalho desenvolvido, e os incentivos são fundamentais para o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul. Sua explicação foi perfeita, deputado Paulo Duarte”, definiu.

O deputado Paulo Corrêa (PSDB), 1º secretário da ALEMS, ressaltou a importância da renúncia fiscal para empresas. “Incentivo fiscal significa que abrir mão da receita, e esta empresa que você está trazendo gerará emprego, para recolher imposto de outra forma. Isso foi o grande instrumento de progresso e desenvolvimento do estado. E agora, com a reforma fiscal, ficou muito ruim, pois ela tira estados como o nosso, fornecedores de matéria-prima, e beneficia os estados em que há indústrias. A lei de incentivo iniciada antigamente e a guerra fiscal que existiu era salutar para o Mato Grosso do Sul. Nosso Estado não iria a lugar algum sem esse instrumento na mão”, destacou.

O deputado Pedro Kemp (PT) também parabenizou o pronunciamento. “Nessa conjuntura que vivemos da guerra fiscal entre os Estados, não havia outro mecanismo para atrais indústrias para o Mato Grosso do Sul, a não ser a concessão de benefícios fiscais. Podemos dividia a história de Mato Grosso do Sul em antes e depois do governo Zeca. Mudamos o binômio boi-soja, e foi isso que permitiu a situação atual mais tranquila no Estado. É comprovada a necessidade da política acertada do incentivo fiscal”, concluiu.

O deputado João Henrique (PL) destacou seu pensamento sobre o assunto. “Eu não sou contra benefício fiscal, o que me entristece é a Assembleia Legislativa não querer utilizar a prova mais simples da matemática, que é a prova real. Saber o inverso do que está sendo empenhado e aplicado, com esses R$ 5 bilhões de renúncia fiscal”, declarou o parlamentar.

Por Christiane Mesquita, Agência ALEMS


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