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terça-feira, 16 de julho de 2024

Showtec apresentará novidades no manejo de doenças da soja

Rotação de culturas e uso de biológicos estão entre as alternativas propostas por pesquisadora

Nos dias 21, 22 e 23 de maio, acontecerá em Maracaju a 27ª edição do Showtec. Entre as tecnologias e inovações técnicas que serão apresentadas aos agricultores, estão as novidades relacionadas ao manejo integrado de doenças na soja, incluindo os produtos biológicos. O tema será abordado no painel “Protegendo a soja de alto potencial produtivo”, que acontecerá no dia 23 de maio, a partir das 9h.

“Os novos produtos biológicos fazem parte de um mercado que, nos últimos quatro anos, teve um crescimento muito acelerado. Com isso, a gente acaba tendo uma oferta muito grande de Bacillus e Trichoderma, produtos em combinação de microrganismos, e isso tudo vem contribuir para o manejo de doenças de difícil controle, muitas delas causadas por patógenos de solo”, destaca a pesquisadora, Jaqueline Huzar Novakowiski, da Volvere Biotech, ao sinalizar que, durante o Showtec, também apresentará algumas ferramentas químicas utilizadas no tratamento das sementes de soja.

Durante sua palestra, Jaqueline também abordará problemas acarretados por fusarium, que são agentes causais da podridão vermelha em soja. A Macrophomina phaseolina, que é o fungo causador da podridão de carvão da raiz; assim como a Rhizoctonia, Phytophthora e a Diaphorte, que podem causar alguns sintomas nas raízes das plantas, também serão tratados na palestra, combinando um complexo de doenças causadas por patógenos de solo.

“Tem vários patógenos que acabam ocorrendo, dependendo das condições ambientais, um acaba prevalecendo numa safra em relação à outra. Mas geralmente a gente trabalha com complexos, são vários patógenos que podem atacar a soja, o milho, várias culturas”, pontua Jaqueline, que dividirá o painel com a doutora Ana Ruschel, da Fundação MS, e com a agrônoma Thaís de Carvalho Becari, da Sapé Agro.

Jaqueline também alerta para a relevância do manejo integrado, capaz de mitigar o impacto das doenças nas culturas da soja e do milho. “A gente tem visto, ao longo dos anos, um sistema de produção com bastante monocultura ou sucessão das mesmas culturas, isso faz com que se tenha uma baixa diversidade genética de plantas cultivadas nas áreas, o que contribui para selecionar alguns patógenos”, destaca.

“Com isso, a gente vê um aumento de problemas de raízes, que no passado não se via tanto. Isso está muito relacionado com os solos mais compactados, mal manejados ou mesmo a monocultura, colocando na área vários hospedeiros suscetíveis”, relata a pesquisadora. “Vejo que além da produtividade das culturas, tanto da soja quanto do milho, a gente pode esperar uma questão de sustentabilidade do sistema de produção. Isso tudo vai impactar na parte econômica do produtor, e a longo prazo, vai reduzir as produtividades”, finaliza Jaqueline, ao convidar os agricultores a participarem da sua palestra no Showtec 2024.

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