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Três Lagoas
terça-feira, 16 de julho de 2024

Com acesso a Segunda Lagoa, trânsito na rua José Hamilcar preocupa moradores do Jardim Dourados

O novo trajeto que passa no entorno da Segunda Lagoa, chamada Avenida dos Oleiros, facilitou a mobilidade da população três-lagoense, podendo agora se locomover de uma região a outra sem precisar sofrer com o trânsito demorado das ruas do centro. Mas se por um lado trouxe desenvolvimento, por outro surgiram novas situações, como o abuso de velocidade que tiram a tranquilidade dos moradores do bairro.

O aumento do tráfego de veículos em um trecho da rua José Hamilcar Congro Bastos, uma via antes tão pouco movimentada, agora tem ocasionado riscos à segurança das pessoas e essa é a preocupação principal para muitos dos moradores do Jardim Dourados, que não estavam acostumados com tanta movimentação no bairro.

Forte fluxo de veículos por toda a extensão da rua José Hamilcar, no Jardim Dourados (Vídeo: Roberta Martins)

A rua José Hamilcar Congro Bastos se estreita dentro dos limites da av. Filinto Muller até próximo ao acesso à lagoa, dando início a Avenida dos Oleiros. Anteriormente calma, mas que agora se tornou perigosa com tantos motoristas em alta velocidade que a utilizam como atalho para escapar dos semáforos das rotas centrais.

Trecho da Segunda Lagoa

Finalizada a pavimentação no final do ano passado, a via que da acesso a Segunda Lagoa ficou batizada como Avenida dos Oleiros. Ela conecta a rua José Hamilcar com a rua Alcinda Mendes. É um caminho curto e fácil para quem quer sair do Interlagos ou da região noroeste da cidade sem muita demora. Os condutores vêm acelerados pela rua Alcinda, que agora passou a ser preferencial e também perigosa, atravessam a lagoa e seguem até o lado norte da cidade.

Como todo desenvolvimento urbano, além dos benefícios de locomoção, trouxe também os riscos à segurança. A falta de iluminação na via, juntamente dos motoristas emocionados para correr, e mais os animais que habitam as proximidades. Um acidente não só é de se esperar, como já aconteceu. Kléber Lucena, de 25 anos, morador de frente à segunda lagoa, afirmou “já teve um acidente já, com um rapaz que atropelou uma capivara perto lá da rotatória.”

A Prefeitura Municipal, por meio do SEINTRA, anunciou que será instalada uma iluminação adequada, com previsão de término até junho. São 77 lâmpadas de LED a serem entregues e ainda serão adicionados mais 28 postes de iluminação pública na via.

A falta de iluminação, no entanto, não é a principal causa dos perigos no trânsito. Seguindo agora para os limites do bairro, a agitação na rua José Hamilcar tem por consequência da av. Filinto Muller. Os motoristas que já seguiam em alta velocidade, dobram a esquina sem cuidado e muitas vezes pode-se ouvir o som de buzinas.

A equipe do Perfil News entrevistou os residentes na via, em busca de ouvir deles como estão lidando com a novidade do movimento. “É ruim quando a gente tá saindo [da garagem] no horário de pico. Tem uns que não respeitam, tem os que ficam buzinando”, afirmou Luciane de Souza Baptista, de 49 anos, moradora próxima à avenida.

Disse também que é fácil de acontecer um acidente a qualquer momento. “Os carros vêm e estacionam nas duas mãos, aí um vai virar [da avenida para a rua], o outro ta vindo daqui de frente [sentido contrário], e aí não combina, um fica meio nervoso e acaba xingando. E de manhã pra ir na padaria, o pessoal estaciona na direita, que não pode porque é amarelo, e aí a rua só dá pra passar um veículo, nisso fica um barulheiro de buzina.”

Outro ponto crítico é no cruzamento com a rua Graça Aranha. “Sempre nessa esquina aí tem acidente. Vem um carro com tudo virando. Já aconteceu acidente aí que precisou chamar ambulância, umas três vezes”, disse Veronice da Silva, 60 anos, dona de casa que mora de frente para a Segunda Lagoa. “Sempre é o carro que vem dessa ruazinha [Graça Aranha] indo reto, e o de cá [da rua da lagoa] que vai e bate. O de cá vai com tudo, não breca.”

No pensamento de que o bairro é calmo, os condutores agitados nem se preocupam nas viradas. E aí está a falha grave desta teoria. Por causa de uma rua, todas as outras sofrem as consequências, em especial a Graça Aranha e a Fagundes Vilela, que formam uma nova rota utilizada por estudantes do IFMS e por pais que levam suas crianças para a creche.

Expedito dos Santos, morador há 42 anos na rua Fagundes Vilela, confirmou que vários estudantes passam de bicicleta por esse caminho. Um lugar que sempre foi calmo, agora tem seus picos de agitação nos horários de entrada e saída escolar. E ao lado, na via transversal, uma boa parte dos pais e até dos trabalhadores da CEI Diógenes de Lima moram no Interlagos e por isso pegam a rota da Segunda Lagoa.

A grande movimentação acaba se estendendo por todo o bairro. Nas ruas entrecruzadas à José Hamilcar, pedestres e motoristas precisam estar atentos aos veículos que viram a esquina com rispidez e muitas das vezes passando pela contramão.

O trabalho já feito até o momento foi o retoque nas pinturas de “Pare”, realizado na última terça-feira (14), nas esquinas das ruas que se encontram com a José Hamilcar. O Jardim Dourados agora se tornou um bairro agitado e precisa receber atenção dobrada para a colocação das devidas sinalizações onde há maior movimento, afim de evitar que acidentes piores venham a acontecer.

Por Roberta Martins, Estágio Supervisionado

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