Na manhã desta quinta-feira, 20/06, a Polícia Civil do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Delegacia de Água Clara, com apoio da ENERGISA e da Unidade Regional de Perícia de Três Lagoas, deflagrou operação para identificar fraudes em medidores de energia de residências e comércios. Após investigações do Núcleo Regional de Inteligência (NRI), com dados da concessória de energia elétrica, foram constatadas divergências de informações sobre o consumo de energia.
Diante disso, as equipes policiais, peritos e técnicos da Energisa foram aos imóveis para vistoria dos padrões de mais de sete imóveis da cidade de Água Clara, nos quais foram constatadas fraudes, pela perícia oficial. Duas pessoas foram presas em flagrante delito por furto de energia elétrica e as investigações continuam par a identificação e localização dos demais autores.
Vale ressaltar que a fraude de energia elétrica pode configurar os crimes de furto ou estelionato, a depender do “modus operandi”. Além disso, pode causar acidentes fatais em face das ligações clandestinas que podem provocar incêndios e explosões, sendo a segunda maior causa de morte no país relacionada à energia elétrica.
Outro fator de importância é que grande parte do prejuízo é direcionado aos demais consumidores, que acabam arcando com parte do custo inerente à reposição das perdas decorrentes destas ligações. As fraudes, mais conhecidas como “gato”, trazem sobrecarga da rede elétrica e podem piorar a qualidade do serviço prestado, deixando o sistema mais suscetível a interrupções e oscilações de energia.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), estima que as fraudes no Brasil são gigantescas, representando mais do que 31,5 mil gigawatts, o que pode sustentar imóveis em grande parte do Estado do Mato Grosso do Sul.
Por Keila Flores, PCMS