Obra considerada emblemática era aguardada há mais de 10 anos, porém agora com recursos na ordem de R$ 200,8 milhões em caixa a obra segue sem paralização e a entrega está prevista para o segundo semestre de 2025
Uma obra que era aguardada há mais de 10 anos já está com mais de 50% executada, com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) trabalhando na evolução das obras de construção do Contorno Viário do município de Três Lagoas. Ao todo são 26,4 quilômetros de empreendimento viário que ampliará a capacidade de fluxo dos veículos que transitam pelo estado, em direção à Campo Grande ou a capital paulista. A previsão de entrega é para o segundo semestre de 2025.
Porém para chegar nesse estágio da obra a gerência regional do DNIT começou a trabalhar no traçado desde 2012, onde foi elaborado o estado de viabilidade técnica e econômica, principalmente para instalação de pontes e viadutos. Concluída essa etapa, foi a vez da negociação com os proprietários das áreas rurais para serem desapropriadas obedecendo o traçado do Anel Viário.
INVESTIMENTO
O DNIT está investindo no empreendimento viário R$ 200,8 milhões, recursos que estão garantidos no caixa do órgão. O trecho inicia no KM 261 da BR-158/MS, intercepta a BR-262/MS (sentido Campo Grande) e a BR-158/MS (sentido Brasilândia) e termina na interseção com a BR-262/MS, próximo à ponte sobre o Rio Paraná, em direção à divisa com o estado de São Paulo.
“O trecho inicia no km 261 da BR-158/MS, intercepta as BR-262/MS (sentido Campo Grande) e BR-158/MS (sentido Brasilândia) e termina na interseção com a BR-262/MS, próximo à ponte sobre o Rio Paraná”
Conforme matéria publicada no site do DNIT, cerca de 450 trabalhadores estão atuando na construção de sete Obras de Arte Especiais (OAE), sendo três viadutos, uma ponte e três passagens de nível superior. A rodovia está sendo construída em pavimento rígido de concreto, que possui maior vida útil.
A estimativa é de que, após concluída a obra, 14 mil veículos transitem pelo trecho, evitando a necessidade de passar por dentro da cidade.
Conforme informações obtidas com exclusividade pelo Perfil News, cerca de 25 mil veículos trafegam pelas BRs 158 e 262 que em direção ao perímetro urbano de Três Lagoas. Mas, ao se referir às duas rodovias, foi estimada uma média de 12 a 14 mil veículos diários, no qual a maioria de trânsito pesado.
SEGURANÇA DOS USUÁRIOS
Três Lagoas é um importante polo industrial, principalmente de celulose. A construção do contorno, deve, nesse sentido, reduzir o tempo das viagens e ampliar a segurança dos usuários.
“O empreendimento abrange sete Obras de Arte Especiais (OAE), sendo três viadutos, uma ponte e três passagens de nível superior. Já foram executados 6 km de terraplenagem, lançamento de base em CCR em 1,2 km e um viaduto sobre linha férrea.”
A equipe do Perfil News esteve no local a registrou imagens aérea para ter uma noção do cronograma das obras. Na incursão ao trecho foi observado que a empreiteira que executa a obra está trabalhando em vários pontos da rodovia, atuando na construção de pontes, aterros e passagens de nível, além da pavimentação.
O trecho de nove quilômetros compreende a ligação da BR 158, sentido Selvíria (próximo da fazenda Três Lagoas) com a BR-262 no trecho Três Lagoas à Água Clara. Os demais trechos são de BR 262 à BR 158, sentido Brasilândia e da BR 158 à ligação com a ponte sobre o Rio Paraná, passando ao lado da empresa Cargil.
MANEJO DO GADO
A reportagem do Perfil News conversou com o pecuarista, Jairo Queiroz, dono da Fazenda Acácia, umas das propriedades no qual passou pelo processo de desapropriação. O percurso do Contorno Viário passa por dentro da fazenda, que teve que ser desmembrada, ficando 90 alqueires do outro lado da via.
O pecuarista disse ser a favor da obra, porém pede que seja construída passagem de nível para o manejo do seu gado. “Da forma que está impossibilita o manejo do gado com segurança e se não for construído passagens para os animais, terei que construir uma outra estrutura na área para dar suporte ao rebando. Segundo ele os custos ficam inviáveis. “Não sou contra o projeto, pois é o progresso que chega ao município, porém eu não posso ficar no prejuízo. É preciso que o DNIT veja com carinho essa situação”, finalizou.
Imagens aérea: Bruno Patrezi