A médica Claudia Soares Alves, 42 anos, presa na quarta-feira (24) por sequestrar uma recém-nascida em Minas Gerais, pode ser demitida do cargo de professora na Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Claudia foi nomeada docente da UFU em abril e iniciou suas atividades em 13 de maio, após pedir exoneração da Universidade Estadual de Goiás (UEG). Ela leciona as disciplinas de Medicina Integrada 1 e Saúde Individual 5 e realiza atividades de ensino no Hospital de Clínicas de Uberlândia, onde ocorreu o sequestro.
De acordo com a UFU, Claudia está em estágio probatório até 2027. Durante esse período, seu desempenho é avaliado, incluindo o cumprimento de deveres e ética profissional. A universidade afirmou à CNN que tomará medidas administrativas imediatas para apurar os fatos e responsabilizar os envolvidos.
A UFU possui cinco tipos de penalidades para infrações: advertência, suspensão, demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, e destituição de função de confiança. A aplicação das penalidades considera a gravidade da infração, danos ao serviço público, circunstâncias agravantes ou atenuantes e antecedentes funcionais.
Relembre o caso
Claudia, neurologista, foi presa por sequestrar uma recém-nascida em Uberlândia. Ela se passou por pediatra e levou a bebê, alegando que a ajudaria a amamentar. Após o alerta de desaparecimento, Claudia foi encontrada com a criança em Itumbiara (GO), cerca de 135 quilômetros de Uberlândia. A bebê foi devolvida à família.
Defesa
A defesa de Claudia informou que ela é portadora de transtorno afetivo bipolar e estava em crise psicótica no momento do sequestro, incapaz de discernir a natureza inadequada de suas ações. Um laudo confirma seu tratamento psiquiátrico desde 2022, com diagnósticos de transtorno afetivo bipolar, transtorno de ansiedade generalizada e transtorno do pânico. Durante crises, Claudia apresenta humor elevado, grandiosidade e falta de discernimento crítico.