A Escola Sesi em Corumbá recebeu nesta semana o projeto piloto das oficinas de microcertificação, com objetivo de qualificar o estudante rapidamente para o mercado, em conformidade com as necessidades das empresas, e dar suporte aos jovens na escolha da futura carreira profissional. A proposta visa atender a demanda do setor de mineração no município.
O público-alvo foi composto por estudantes do 9º ano do ensino fundamental até o 3º ano do ensino médio, bem como seus pais e responsáveis.
Em um primeiro encontro, os pais participaram de um bate-papo para que pudessem compreender qual seu papel na hora da escolha das profissões e da formação do projeto de vida dos filhos. Os familiares identificaram os níveis de influência e pressão psicológica que exercem sobre os jovens nesse período, e também conversaram bastante sobre suas próprias inseguranças.
Na segunda parte do projeto, os alunos participaram de oficina que os instigava a trilhar uma carreira profissional de acordo com suas preferências e habilidades. Os estudantes tiveram oportunidade de falar sobre seus medos e inseguranças, e receberam orientações de como lidar com a situação. Conheceram ainda as trilhas de carreira na mineração. O psicólogo Alberto Carneiro ministrou palestra sobre portfólio de vida e carreira.
A próxima etapa da oficina de microcertificação será realizada na semana de 12 a 19 de agosto, com o curso “Tecnologia e Inovação na Mineração”, de 12 horas de duração.
O superintendente regional do Sesi, Régis Borges, destacou que o projeto é derivado das reuniões do Comitê Empresa-Escola (Cempe), órgão que reúne representantes do setor produtivo industrial, instituições de ensino e entidades públicas de Mato Grosso do Sul para aprofundar as discussões sobre a melhoria do ensino e o atendimento das demandas do mercado de trabalho.
“Esse é um projeto que nasceu dentro do Cempe, pois as microcertificações são disponibilizadas pelas instituições de ensino integrantes do comitê. Alunos do Sesi podem ter acesso a microcertificações oferecidas pelo Senai, UFMS, UEMS e outras entidades que disponibilizam um cardápio de microcertificações baseadas em competências”, explica.
A analista do Cempe Gláucia Campos falou do entusiasmo em implantar a primeira turma de microcertificação no âmbito da Escola Sesi.
“Iniciamos essa etapa fundamental de formação e relação ativa entre a educação e as Indústrias. Este momento marca um passo significativo em nosso compromisso de preparar nossos alunos para os desafios e oportunidades para todos os segmentos industriais”, afirmou.
A diretora da Escola Sesi de Corumbá, Thaiani Macario, relatou a empolgação dos estudantes em participar da oficina.
“Sinto-me realizada em ver tantos jovens com brilho nos olhos, sabendo que têm apoio familiar e bastante dedicação por parte da escola. É uma felicidade enorme saber que os jovens mostraram muito interesse no projeto e estão ansiosos para as próximas etapas”, disse.
Para o estudante Pedro Henrique Gomes Batista dos Santos, a participação na oficina abriu novas perspectivas profissionais. “Sempre tive vontade de cantar, gosto de arte, mas tinha um pensamento de que precisava seguir outra carreira um pouco mais formal como única opção. Depois da oficina, entendi que posso ser o que eu quiser. Desde que eu decida, me organize e estude. Estou muito animado”, contou.