A Latam pode ser obrigada a indenizar as famílias das 62 vítimas do acidente com o avião da VoePass, ocorrido na última sexta-feira (9) em Vinhedo (SP).
Conforme o site Metrópoles, o voo 2283, que caiu com 58 passageiros e quatro tripulantes, teve suas passagens vendidas pelo site da Latam, embora a aeronave fosse operada pela VoePass.
As duas companhias têm um acordo de codeshare, que permite que uma venda de passagens para voos de uma companhia seja feita pela outra.
Igor Britto, diretor-executivo do Instituto de Defesa de Consumidores (Idec), afirmou ao Uol que as famílias podem buscar indenização da Latam, já que a companhia não pode se beneficiar da parceria sem se responsabilizar pelos danos causados.
Conforme Britto, a companhia “não pode se beneficiar da parceria, vendendo serviços de uma empresa que tem estruturas, processos e aeronaves precários, mas não se responsabilizar pelos danos que essa decisão causou para as famílias”.
Clientes da Latam têm reclamado no site Reclame Aqui sobre a falta de transparência em relação à parceria e a venda de passagens da VoePass, alegando que foram enganados ao acreditar que viajariam com a Latam.
“Eu comprei minha passagem acreditando que viajaria com a Latam, uma empresa de renome, mas agora estou sendo obrigada a voar com uma empresa cujo histórico não me transmite confiança. Isso não foi informada no momento da compra e me sinto enganado”, escreveu uma cliente nesse domingo (11). Na segunda-feira (12), ela adicionou uma nota informando que sua passagem reembolsada após a reclamação.
Resposta Latam
Em resposta, a Latam informou que a responsabilidade pela gestão técnica e operacional do voo é da empresa que opera o voo, no caso, a VoePass. A Latam ressaltou que os clientes são informados sobre a companhia responsável pelo voo e o modelo da aeronave antes da compra.
Apesar das reclamações, a Latam mantém a comercialização de passagens operadas pela VoePass em seu site.