O Brasil possui uma posição privilegiada no cenário global da celulose, não apenas por suas vastas florestas de eucalipto, favorecidas por condições naturais como solo fértil e disponibilidade de água, mas principalmente pelo investimento significativo em ciência, pesquisa e desenvolvimento. Esses investimentos são cruciais para garantir a competitividade do setor, permitindo que as empresas brasileiras não apenas se destaquem, mas também se adaptem a um mercado em constante evolução.
Dentro desse contexto, o papel das iniciativas sustentáveis adotadas pelas associadas do SINPACEMS ganha destaque. Essas iniciativas não apenas contribuem para a preservação ambiental, mas também trazem inovação e eficiência operacional que podem ser determinantes na competitividade global.
Um exemplo notável é o projeto da Suzano que transforma resíduos industriais em corretivos de acidez do solo. Essa abordagem inovadora promove um uso sustentável de subprodutos que, anteriormente, eram descartados em aterros sanitários. Essa prática não só minimiza o impacto ambiental, mas também proporciona um valor agregado ao processo produtivo, demonstrando como a inovação pode levar à sustentabilidade.
Outro exemplo é a Eldorado, que apresentou uma solução inovadora para a geração de energia elétrica verde por meio de bombas que atuam como turbinas. Este sistema, com capacidade para bombear 5 mil metros cúbicos de água por hora, gera energia suficiente para suprir diversas instalações da empresa, como auditórios e restaurantes. Essa prática não apenas reduz custos operacionais, mas também reforça o compromisso da companhia com a sustentabilidade e a eficiência energética.
Além de fomentar a inovação dentro das empresas, o SINPACEMS, como uma entidade afiliada à Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), desempenha um papel fundamental ao oferecer suporte e incentivos às suas associadas. Entre essas iniciativas, destacam-se os descontos em cursos do Senai, que capacitam os profissionais e as equipes a se atualizarem nas novas tecnologias e práticas do setor.
Assim, os investimentos em inovação não são apenas uma necessidade, mas sim um imperativo estratégico para o segmento de celulose brasileiro. Ao adotar práticas sustentáveis e investir em pesquisa e desenvolvimento, as empresas não só fortalecem a sua competitividade no mercado global, mas também contribuem para um futuro mais sustentável e responsável na indústria. A união de esforços entre as indústrias e entidades como o SINPACEMS é vital para que o Brasil mantenha sua liderança e se destaque cada vez mais no cenário internacional.
Elcio Trajano Jr, presidente do SINPACEMS