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Três Lagoas
domingo, 24 de novembro de 2024

Após 4 meses, milhares de famílias continuam desabrigadas no RS

Algumas pessoas como o ex-jogador, Dunga e o empresário Luciano Hang, das Lojas Havan leva ajuda humanitária aos moradores das cidades mais castigadas do Rio Grande do Sul após tragédia climática

Meses após o desastre climático afetar mais de 870 mil pessoas no Rio Grande do Sul, as doações humanitárias continuam sendo enviadas aos 478 municípios atingidos pelas enchentes que matou 183 pessoas no último mês de abril. 

Após 4 meses, milhares de famílias continuam desabrigadas no RS

A ajuda ainda chega de vários Estados. Um exemplo aconteceu em Três Lagoas. Grupos se uniram em prol da solidariedade. Carretas com produtos de higiene pessoal, alimentos e água foram encaminhadas ao Estado gaúcho que ainda sofre as consequências sem muita ajuda do Governo Federal.

Após 4 meses, milhares de famílias continuam desabrigadas no RS

O Governo Federal chegou a realizar pagamento do Auxílio Reconstrução, de R$ 5,1 mil por família. Embora 8.306 famílias já tenham recebido o benefício, outras 28 mil aguardam o pagamento, causando impasse e frustração. 

Enquanto isso, a população vive sem recursos. Dependendo exclusivamente da ajuda de pessoas que se solidarizaram desde o princípio com a causa. Vários voluntários, incluindo de Três Lagoas e outros de Mato Grosso do Sul, foram ao Estado gaúcho. Além das doações, também ajudaram nos resgastes das vítimas atingidas. 

Após 4 meses, milhares de famílias continuam desabrigadas no RS

Na última semana, o apresentador do programa Domingo Legal do SBT, Celso Portiolli, acompanhado do empresário e presidente das lojas Havan, Luciano Hang, foram fazer ações voluntárias na região do Vale do Taquari, visitando os municípios de Lajeado, Estrela, Cruzeiro do Sul e Muçum, que foram fortemente atingidos pela enchente. 

Durante a visita, Hang voltou a distribuir valores aos afetados e ambos concederam uma entrevista exclusiva à Rádio Independente.  

“Eu fiquei muito feliz nessa viagem porque eu ouvi: ‘eu recebi os meus R$ 10 mil’ de muitas pessoas. Então prova que o dinheiro chegou na mão certa. E hoje eu trouxe o Celso Portiolli para que ele veja a destruição, porque por mais que se mostre a destruição por uma imagem, nós nunca vamos conseguir retratar a realidade”, disse o empresário. 

Após 4 meses, milhares de famílias continuam desabrigadas no RS

“Não podemos deixar que o Brasil esqueça”, diz Celso Portiolli sobre as enchentes em visita ao Vale do Taquari com Luciano Hang. Apresentador do programa Domingo Legal, do SBT, produziu uma reportagem para falar sobre a situação da região, que ainda tem muitos impactos da tragédia climática.

Portiolli justificou a vinda anunciando uma matéria especial sobre a situação do Vale do Taquari. “Estamos produzindo um material que vai ao ar no Domingo Legal. Não podemos deixar que o Brasil esqueça. O que eu vi aqui hoje é que muitas pessoas não foram ajudadas. A ajuda que receberam veio da Havan, através do Luciano, e eu pude perceber que muitas pessoas precisam de ajuda”, disse o apresentador. 

Ele não revelou quando a reportagem vai ao ar. Porém, a expectativa é de que a matéria circule neste ou no próximo domingo.  

Após 4 meses, milhares de famílias continuam desabrigadas no RS

“Temos um material muito grande. Foram horas e horas de captação. 6h30 já estávamos voando para ir até os lugares. Então tem muito, mas muito material para mostrar o que aconteceu aqui. São cenas impactantes”, destacou. 

Ao final de sua fala, Portiolli ainda fez um apelo para que proprietários de imóveis na região não aumentem o preço do aluguel por conta da alta procura.  

“Aproveitando a audiência que vocês têm na rádio. Uma reclamação muito grande que a gente ouviu foi que as pessoas que têm que alugar um imóvel hoje para viver estão pagando muito caro no aluguel. Nesse momento, querer levar vantagem ou gerar lucro… cobrar o justo, ok. Agora levar vantagem no que as pessoas estão passando não é legal, né?”, disse. 

Após 4 meses, milhares de famílias continuam desabrigadas no RS

Segundo dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mais de 572 mil pessoas foram desalojadas, muitas ainda permanecem em abrigos, enfrentando a falta de recursos essenciais, como alimentos e móveis, especialmente em alojamentos que atendem crianças acamadas, pessoas com deficiência e idosos. 

Segundo a desabrigada, Juliana Freitas, que está há mais de 100 dias, a situação é bem triste. “Ainda Não Acabou”: Enchentes no RS ainda geram impactos por descaso do governo federal e esforços lutam para recuperação das cidades. 

DEVASTAÇÃO CONTINUA NO RS 

A devastação continua no RS. Na última quarta-feira (18), o site GZH informou que, das 14 unidades municipais de saúde fechadas devido à enchente, apenas duas – Navegantes e Santa Marta – reabriram, ambas de forma parcial. 

Após 4 meses, milhares de famílias continuam desabrigadas no RS

Nove unidades de saúde ainda não têm previsão de reabertura, e a prefeitura mantém o atendimento em instalações provisórias, como tendas, unidades móveis, igrejas e CTGs. Nas ilhas do Pavão e Marinheiros, os postos foram condenados, enquanto o da Pintada poderá ser reaproveitado. As unidades Mapa (Agronomia) e Asa Branca (Sarandi) precisarão ser reconstruídas, e os postos Fradique Vizeu, Mario Quintana, Nova Brasília, Sarandi e Vila Elizabeth passarão por reformas. 

Mais de 3.200 pessoas seguem desabrigadas no estado, concentradas em Porto Alegre e Canoas. Embora a prefeitura de Canoas tenha tentado desmobilizar abrigos, a complexidade de casos de saúde e a presença de famílias com muitos animais atrasaram o processo. 

Considerada a maior catástrofe climática da história do Rio Grande do Sul, as enchentes de maio resultaram em chuvas de até 700 mm em algumas cidades, afetando 60% do território do estado.  

Defesa Civil reportou 183 mortes e milhões em prejuízos. A Confederação Nacional de Seguradoras classificou o evento como o maior sinistro da história do setor de seguros no Brasil, com mais de R$ 1,6 bilhão em pedidos de indenização.

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