O cantor Leonardo, cujo nome de batismo é Emival Eterno da Costa, foi incluído no Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão, conhecido como a “Lista Suja” do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A atualização da lista foi divulgada nesta segunda-feira (7), por meio da Secretaria de Inspeção do Trabalho, e acrescentou 176 novos nomes.
A inclusão do nome de Leonardo ocorreu após uma fiscalização realizada pelo MTE em sua fazenda Talismã, localizada em Jussara (GO), região noroeste do estado. Durante a vistoria, foram identificados seis trabalhadores em condições análogas à escravidão, de acordo com o documento publicado.
Em resposta ao Correio, a assessoria de imprensa do cantor afirmou que os trabalhadores em questão eram empregados de uma pessoa que arrendou parte da fazenda para o plantio de soja e que o caso já foi resolvido na Justiça.
O que é a “Lista Suja”?
A “Lista Suja” é atualizada semestralmente e tem como objetivo garantir a transparência das ações administrativas resultantes das fiscalizações do trabalho análogo à escravidão. Segundo o MTE, entre os 176 empregadores incluídos nesta atualização, 20 foram identificados no setor doméstico. As atividades econômicas com maior número de registros incluem a produção de carvão vegetal, criação de gado bovino, extração mineral, cultivo de café e construção civil.
O Ministério do Trabalho esclareceu que a inclusão de pessoas físicas ou jurídicas na lista ocorre apenas após a conclusão de um processo administrativo que confirma a prática de trabalho escravo. Após a inserção, o nome do empregador permanece na “Lista Suja” por dois anos, conforme regulamentado pela Portaria Interministerial.