Em mais uma reunião que aconteceu na sede da Petrobras, a ministra Simone Tebet e o governador Eduardo Riedel convidaram a presidente da Petrobras para uma visita à UFN3 em Três Lagoas que deverá acontecer em fevereiro de 2025
Já imaginou quantos empregos os grandes empreendimentos que estão se instalando e outros que devem chegar a Três Lagoas e região devem gerar? O ‘Vale da Celulose’ vai abrigar milhares de novos moradores de outras cidades, outros estados e até de outros países nos próximos anos.
A região leste, está em pleno desenvolvimento. Três Lagoas, por exemplo, abriga três linhas de fábricas de celulose, sendo duas da Suzano e uma da Eldorado, a qual já anunciou uma possível segunda linha nos próximos anos.
Além disso, Três Lagoas, também vive a realidade de uma possível retomada da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN3). A obra está parada desde 2014, mas tem sido uma das principais promessas do Governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB). Ele tem feito reuniões com ministros para a construção ser retomada.
Na última semana, em mais uma reunião, desta vez, no Rio de Janeiro, (foto acima), Riedel contou que a retomada está seguindo o cronograma. No encontro, a Ministra do Planejamento e ex-prefeita de Três Lagoas, Simone Tebet contou que já existe previsão de uma nova visita do Presidente da Petrobras a Três Lagoas que provavelmente deve acontecer em fevereiro de 2025, o que pode ser um ‘pontapé’ para a volta da obra tão esperada e de extrema importância para o Brasil.
EM INOCÊNCIA
A cidade de Inocência, está abrigando a gigante e chinela Arauco. A fábrica tem previsão de entrar em operação em 2028. Além disso, já foi anunciada a possibilidade de uma fábrica da Bracell ser instalada em Água Clara. Isso sem contar a Suzano de Ribas do Rio Pardo que entrou em operação neste ano de 2024.
Durante o pico das obras, uma fábrica precisa de um grande volume de mão de obra. Pelo menos 10 mil pessoas atuam em diferentes áreas para uma indústria ser construída. Agora imagine a Arauco, a Bracell, a segunda linha da Eldorado e a UFN3. São milhares de novos moradores que a região leste deve abrigar nos próximos anos.
E se tem demanda, o que acontece? Empresários das cidades se reinventam para conseguirem atender a nova clientela. A construção de uma fábrica movimenta toda economia de uma região. Afinal, são milhares de novos moradores que precisam de serviços de hotéis, alimentação, vestuário, mercado, etc.
IMPACTOS
Para receber tamanha quantidade de pessoas, as fábricas, juntamente com órgãos públicos, realizam um estudo de como as indústrias impactam um município. As empresas, prefeitos e o governador se unem em prol do desenvolvimento.
E o desenvolvimento vêm em várias áreas, incluindo na qualificação. Devido à grande demanda que as fábricas precisam, nem sempre conseguem a devida mão de obra qualificada. Em parcerias, as indústrias oferecem cursos gratuitos e muitas vezes até pagam para as pessoas conseguirem a qualificação. No Mato Grosso do Sul a população cresce com as fábricas.
Apesar da demanda ser maior durante o pico das obras, mesmo assim, as indústrias precisam de milhares de funcionários, chegando a manter aproximadamente quatro mil empregos. Com isso, as cidades as quais as fábricas estão localizadas precisam se adaptar ao novo mundo do desenvolvimento.
ESTRUTURA
Se tem mais pessoas, o serviço também aumenta. É necessário construções de novas escolas, hospitais, investimento em segurança e em rodovias do Estado. Por isso é feito um estudo com antecedência sobre os impactos que a instalação de uma fábrica de celulose causa em um município.
Além de toda economia que decola em um município. Os investimentos dos empresários são extremamente altos. Ainda sem contar a UFN3, de acordo com o Secretário da Semadesc, Jaime Verruck, estão previstos pelo menos R$ 75 bilhões de investimentos em Mato Grosso do Sul neste setor da celulose.
“Mato Grosso do Sul registrou aumento de 15% em sia área de florestas plantadas em relação ao ano de 2023, maior crescimento do Brasil. Com seis plantas confirmadas em investimentos de R$ 75 bilhões, o Estado tem atualmente a segunda maior área de florestas plantadas do País, com 1,5 milhão de hectares, sendo 98% dessa área destinada ao cultivo de eucalipto, utilizado principalmente pela indústria de papel e celulose, que tem forte presença no Estado”, disse Verruck em uma rede social nesta semana.
A cadeia produtiva florestal gera mais de 14,9 mil empregos diretos e 12 mil indiretos no Estado, sendo o primeiro em exportação de celulose e o segundo em produção. Em julho de 2024 a Suzano iniciou a operação da sua nova Fábrica em Ribas do Rio Pardo, sendo a maior indústria de celulose de linha única do mundo. Na grande região de Três Lagoas, conhecido como ‘Vale da Celulose’ estão aproximadamente 1,35 milhão de hectares de eucalipto, 93% da produção estadual.
“Nós queremos no futuro ser um Estado próspero. Então nós vamos fazer todo esforço para continuar crescendo acima da média nacional. Nosso indicador de prosperidade é o Produto Interno Bruto, que nós continuássemos a ser um estado sustentável, e aí nós temos uma meta de Estado Carbono Neutro 2030. Então todas as nossas políticas públicas, elas têm a questão da sustentabilidade inserida. Que fossemos um Estado Digital e em todas as nossas ações, nós queremos cada vez mais que o nosso cidadão acesse o poder público”, salientou o secretário durante um evento realizado há algumas semanas.