Durante uma sabatina conduzida por Pablo Marçal (PRTB), o candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, evitou dar destaque ao laudo médico falso divulgado por Marçal, que o acusava de ser usuário de cocaína.
De acordo com o site Metrópoles, em transmissão para 257 mil pessoas, Boulos ressaltou que sua motivação não é “mágoa” ou “ressentimento”, mas o compromisso de servir à população. O evento foi intitulado “entrevista de emprego”.
“Marçal, primeiro eu queria dizer para quem está assistindo que eu vim aqui, topei seu convite, porque eu não fujo de nenhum embate”, declarou Boulos, ao responder a primeira pergunta de Marçal.
O psolista mencionou de forma genérica os ataques recebidos, sem especificar o caso do laudo falso. A falsificação, que usou uma assinatura de um médico falecido e o timbre de uma clínica de um aliado de Marçal, foi desmentida por perícias do Instituto de Criminalística de São Paulo e da Polícia Federal, que confirmaram a falsidade do documento. Aliados de Marçal associam sua derrota no primeiro turno à divulgação do laudo falso.
“Se fosse pelo pessoal, seria a última pessoa a topar esse convite, pelos ataques que sofri da sua candidatura no primeiro turno. Mas eu não me movo por mágoa ou ressentimento. Me movo por propósito, que é melhorar a vida das pessoas”, reforçou Boulos.
Marçal, por sua vez, cobrou a participação do atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que busca a reeleição, mas recusou o convite. “Liguei no seu celular, Ricardo Nunes, mandei mensagem, você visualizou. Espero que você participe”, disse Marçal.