Irresponsabilidade e aliada alta velocidade dos condutores das bikes elétricas, vem registrando vários acidentes na cidade, provocando alta demanda de atendimento emergenciais do SAMU e do Corpo de Bombeiros, como a que aconteceu no final da tarde de ontem, segunda-feira na Olinto Mancini
A fragilidade dos ciclistas em relação aos ocupantes de outros veículos como motociclistas, condutores de automóveis, ônibus e caminhões é clara. Por esse motivo, estes usuários têm a preferência sobre os demais veículos automotores. Inclusive existem regras de circulação e conduta cujo objetivo é proteger os ciclistas no trânsito.
Apesar da grande responsabilidade dos demais usuários em relação ao ciclista, uma das formas de prevenção de acidentes é o comportamento correto do ciclista no trânsito. Nas ruas, no entanto, o que vemos é uma série de atitudes que podem contribuir, e muito, com o número de mortes de ciclistas no trânsito.
Três Lagoas cresceu muito nos últimos anos. Hoje em dia o município tem ritmo de cidade grande e sucessivamente o trânsito também vai ficando caótico. As chamadas bikes elétricas, por exemplo, viraram ‘febre’ em Três Lagoas. Sem a necessidade de uma Carteira Nacional de Habilitação, condutores sem uma noção básica de regras no trânsito trafegam pelas ruas da cidade sem a menor responsabilidade.
BARBEIRAGENS
Apesar do veículo não conseguir atingir uma alta velocidade, por falta de informação dos condutores acabam fazendo ‘barbeiragens’ e colocando a vida deles e de outras pessoas em risco.
Em Três Lagoas, a Polícia Militar costuma realizar blitz. Se o condutor de um carro ou de uma motocicleta não tem habilitação, ou não está com o documento em dia, é multado e o veículo é até apreendido, mas os condutores das bikes não recebem o mesmo ‘tratamento’.
Não é difícil encontrar menores de idade conduzindo bicicletas elétricas. Nesta segunda-feira (28), por exemplo, três pessoas ficaram feridas em uma colisão envolvendo ciclistas, sendo dois deles adolescentes.
ACIDENTE
O acidente aconteceu na Avenida Capitão Olinto Mancini com a Jari Mercante, bem no finalzinho da ciclovia. As menores estavam em uma bicicleta elétrica e um idoso, de 65 anos, em uma bike que não é ‘motorizada’. Com a colisão, os três envolvidos tiveram ferimentos e precisaram de atendimento médico.
Acidentes parecidos vêm crescendo em Três Lagoas, principalmente envolvendo bicicleta elétrica e motos. Ocorre que esse veículo não exige nenhum documento ou especialização para trafegar e muitos condutores são menores de idade que se locomovem em alta velocidade, ‘costurando’ veículos nas vias e até passando pela contramão.
O POVO FALA
O Perfil News realizou uma enquete para saber a opinião da população. Os três-lagoenses pedem mais fiscalização das autoridades e lamentam dizendo que se algo não for feito com urgência, a situação vai piorar ainda mais.
“Preciso deixar minha filha na escola e passo pela Filinto, quando paro naquelas rotatórias que têm as ciclovias, o pare é das bicicletas, mas nenhuma respeita. Quando espero os carros passarem e vou seguir, eles entram na nossa frente para atravessar a ciclovia. Já quase peguei vários assim, porque no momento que você está parado e se preparando para sair do canteiro, eles vêm e atravessa na sua frente”, disse uma leitora do Perfil News.
“As bicicletas elétricas e normais estão passando dos limites em Três Lagoas, não respeitam nem a sinalização básica da ciclovia, colocando em risco a própria vida e dificultando a vida dos motoristas habilitados. Três Lagoas precisa urgentemente dar orientações básicas nas escolas e para a população! Está insuportável”, disse outra leitora do jornal.
“Com todo o respeito aos usuários de bicicleta e a elétrica, mas teria que ter uma legislação para elas. A noite é complicado, pois inúmeras bicicletas não têm refletores e com a baixa iluminação das ruas, quando chegamos muito perto, que visualizamos. Cada susto! Meu Deus”, contou um leitor do Perfil News.
Fotos: Marco Campos / TL Notícias