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quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Derrota histórica nas eleições municipais gera crise no PT

A derrota histórica nas eleições municipais deste ano desencadeou uma crise interna no Partido dos Trabalhadores (PT), marcada por trocas de acusações entre seus principais integrantes. De acordo com o jornalista Cláudio Humberto, o partido conseguiu eleger apenas 252 dos 5.565 prefeitos em todo o Brasil, resultando em um verdadeiro vexame.

Enquanto o presidente Lula mantinha silêncio sobre o desempenho de seus aliados e a vitória expressiva da direita e da centro-direita, o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) tentou minimizar a situação, insinuando que a culpa pelo fracasso era da própria direção do PT, que não conseguiu tirar o partido da “zona de rebaixamento” no futebol, referindo-se ao “Z4”.

Durante a coletiva, Padilha não abordou o fracasso do PT em São Paulo, onde o partido elegeu apenas 4 dos 645 prefeitos. Suas declarações irritaram a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que criticou a desarticulação política do ministro como uma das causas para o mau desempenho do partido, mas também não explicou o fracasso no Paraná, onde o PT elegeu apenas 3 dos 399 prefeitos.

Gleisi acertou ao criticar Padilha, que tem enfrentado dificuldades em manter diálogos até mesmo com líderes da Câmara dos Deputados. A situação se agravou com críticas do vice-presidente nacional do PT, o deputado Quaquá, ao apoio do partido a Guilherme Boulos em São Paulo, afirmando que o PT “precisa parar de errar”.

Embora as críticas parecessem direcionadas a Lula, nenhum dos envolvidos teve coragem de admiti-lo abertamente, considerando que muitos deles ainda devem sua visibilidade política ao atual presidente da República.

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