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terça-feira, 5 de novembro de 2024

Lula beneficia petistas ao criar escritórios do Ministério da Cultura em todos os Estados

O governo Lula (PT) estabeleceu uma rede de escritórios do Ministério da Cultura em todos os estados brasileiros, empregando 80 servidores.

Esses escritórios, em sua maioria ocupados por membros do PT, têm como principal objetivo influenciar a seleção de Organizações Não Governamentais (ONGs) para compor comitês culturais estaduais, parte de uma política nacional que pretende investir R$ 58,8 milhões na promoção cultural nos próximos dois anos.

O jornal O Estado de S. Paulo reportou que algumas das ONGs selecionadas para receber fundos públicos possuem vínculos com petistas e membros do próprio ministério.

Entre elas, destaca-se uma organização associada a um empresário acusado de desvio de recursos culturais, além de outra administrada por um candidato a vereador que utilizou o espaço para atividades eleitorais.

Dos 26 escritórios estaduais, 19 são liderados por membros do PT, um por um filiado ao PSB e outro por um integrante do PSOL.

Os cinco coordenadores restantes, embora não tenham filiação formal, possuem conexões políticas significativas. Um exemplo é o chefe do escritório na Bahia, que, apesar de não estar na lista oficial de filiados ao PT, trabalhou em três mandatos no gabinete do deputado federal Jorge Solla (PT-BA).

No Paraná, Loana Campos, chefe do escritório, não é filiada ao PT, mas tem fortes laços com João Paulo Mehl, articulador do comitê estadual e membro do partido. Campos foi nomeada em outubro de 2023.

O Ministério da Cultura defende que a seleção dos comissionados é baseada na experiência no setor cultural e não em filiações partidárias. Entretanto, o governo Lula é visto como operando com uma ampla base partidária para promover a coalizão política e fortalecer a democracia.

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