Atendimentos no hospital estadual foram repactuados após cobrança do MPMS
O Hospital Regional da Costa Leste Magid Tomé, de Três Lagoas, passará a contar com mais leitos para pacientes com problemas cardiovasculares e também elevará o número de cirurgias bariátricas, para acelerar o andamento da fila de espera. A ampliação foi oficializada essa semana pela Secretaria de Saúde após cobrança, em agosto, do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) para acelerar as cirurgias para 126 pessoas que estavam à espera.
O órgão estadual possibilitou a ampliação dos serviços mediante a repactuação do contrato com a entidade privada que administra o hospital público, o Instituto Acqua – Ação, Cidadania, Qualidade Urbana e Ambiental. Pelos termos do aditivo ao contrato de gestão, o quinto formulado, será possível elevar de duas para oito as cirurgias bariátricas realizadas por mês.
A demora no fornecimento das cirurgias levou o MP a instaurar um procedimento e publicar uma recomendação para que fosse elaborado um plano para acelerar a fila. Na época da publicação constou no texto que se não houve aceleração, a espera seria zerada somente em cinco anos e a cobrança foi que casos urgentes de bariátricas fossem atendidos em 30 dias e os eletivos fossem em até 180 dias. Os dados de pacientes contavam o número cadastrado até o mês de março.
A repactuação da Secretaria Estadual com a Acqua envolve o valor de R$ 61.046.590,35, com validade a partir do mês passado enquanto durar o contrato com o instituto. Conforme a pasta, também serão ampliados os serviços de cardiologia, com a ampliação para dez leitos e aumento da realização de procedimentos de alta complexidade na área cardiovascular.
O serviço de oftalmologia ampliará procedimentos de alta complexidade, diante da demanda crescente e na urologia, os atendimentos também serão ampliados, com a inclusão, por exemplo, de cirurgia para a retirada de cálculo renal, conforme divulgou a Secretaria Estadual.
Atendimento infantil
Em setembro, o MPMS instaurou novo procedimento sobre o hospital, apontando como objetivo verificar ações adotadas após a ocorrência de mortes de crianças. A 4ª Promotoria pediu informações sobre os serviços e inspeções ao Diretor Geral do Hospital, ao Instituto Acqua, à Comissão Hospitalar Interna de Revisão e Análise de Óbitos, ao Comitê Estadual de Prevenção da Mortalidade Infantil e ao Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul – CRM/MS.
Fonte: Campo Grande News (por Maristela Brunetto)