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sábado, 21 de dezembro de 2024

Governo Lula pede respeito ao direito internacional após queda do ditador sírio Bashar al-Assad

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou recentemente uma nota apelando ao respeito ao direito internacional humanitário em meio aos desdobramentos da queda de Bashar al-Assad, ex-presidente da Síria.

Assad é acusado de comandar um regime responsável por meio milhão de mortes e violações de direitos humanos ao longo de mais de uma década de guerra civil no país.

Em 2010, Assad, já apelidado de “carniceiro de Damasco” devido às denúncias de brutalidade contra a população, recebeu do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o Gran-Colar da Ordem do Cruzeiro do Sul, a mais alta honraria concedida pelo Brasil a chefes de Estado.

A política externa brasileira, frequentemente voltada ao alinhamento com regimes “antiamericanos” como os da China, Cuba, Venezuela, Irã e Rússia, tem sido alvo de críticas por ignorar supostas atrocidades em nome de posicionamentos ideológicos, segundo análise da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Após a queda de Assad, o Itamaraty expressou preocupação com possíveis represálias contra diplomatas brasileiros por parte de setores da população síria que associam o apoio do governo brasileiro ao regime de Assad. Mesmo sem registros de conflitos diretos envolvendo brasileiros, o governo optou por orientar a retirada dos diplomatas do país.

Durante o governo Assad, mais de 5 milhões de sírios, em sua maioria sunitas, foram forçados a deixar o país devido a perseguições e intensos combates. Após anos de sofrimento, o líder perdeu o controle do país e enfrenta o julgamento da história como símbolo de um regime marcado por execuções em massa e deslocamentos forçados.

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