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quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

Casal preso por queimar bebê de 2 meses com cigarro responderá pelo crime de tortura em Paranaíba

Um casal de 19 e 22 anos preso em Paranaíba após um bebê de apenas 2 meses ser queimado com cigarro e agredido responderá pelo crime de tortura. Conforme o site Midiamax, a prisão ocorreu na última quinta-feira (5), mas os detalhes vieram à tona apenas na quarta-feira (11).

De acordo com a delegada Eva Maria Cogo, responsável pela investigação, o bebê apresentava marcas roxas, queimaduras de cigarro e inchaço nas orelhas, possivelmente causado por tapas desferidos repetidamente. “Fizemos algumas oitivas e percebemos que se tratava de um caso grave, que vinha ocorrendo de forma reiterada. Por isso, representei pela prisão preventiva”, relatou a delegada.

A criança deu entrada na unidade de saúde de Paranaíba no dia 3 de dezembro, onde permaneceu internada por uma semana. Desconfiados das marcas no corpo do bebê, os médicos denunciaram o caso ao Conselho Tutelar, que encaminhou a situação à polícia.

No momento da abordagem no hospital, a mãe do bebê estava presente, enquanto o pai foi levado à delegacia para prestar esclarecimentos. Durante o depoimento, o pai negou ter agredido a criança e demonstrou preocupação apenas em saber se poderia retornar para casa.

Segundo a delegada, houve contradições entre os relatos do casal sobre o aparecimento das marcas. O pai afirmou que as manchas surgiram 10 dias antes, enquanto a mãe alegou que apareceram há 15 dias. Além disso, as razões para levar o bebê ao posto de saúde também divergiam: o pai disse que foi porque o bebê não estava mamando, enquanto a mãe declarou que a ida ao posto foi para atualizar a caderneta de vacinação, necessária para manter um benefício social.

Um familiar ouvido na investigação relatou ter visto o bebê com o rosto vermelho e inchado antes de completar 2 meses. A mãe também confessou que percebia manchas vermelhas no corpo do bebê sempre que saía e voltava para casa, mas afirmou nunca ter presenciado o marido agredindo a criança, embora desconfiasse dele.

Após uma semana internado, o bebê recebeu alta e foi entregue às autoridades competentes para garantir sua segurança. O casal responderá pelo crime de tortura, conforme registrado pela delegada Eva Maria Cogo, que classificou o caso como “tamanha covardia”.

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