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quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Defesa de jovem mãe acusada de matar bebê de 7 meses em Bataguassu alega que “foi um grande acidente”

A advogada Natália Colombo, responsável pela defesa da jovem mãe cujo bebê morreu em circunstâncias questionáveis em Bataguassu, afirma que seu cliente acredita firmemente que a morte do filho foi um trágico acidente.

Em conversa com o Campo Grande News nesta última terça-feira (28), Natália detalhou a versão da jovem: “Ela relata que não tem cama, apenas um colchão, e que o bebê caiu no vão entre a parede. Quando acordou, ele já não estava mais responsivo. Ela insiste que nunca, em nenhuma ocasião, agrediu a criança”.

Quando questionada sobre os ferimentos encontrados no laudo pericial, a advogada forneceu explicações específicas para cada uma das lesões. As marcas de cigarro, segundo Natália, podem ter sido causadas pelo fato de a mãe fumar perto da criança, permitindo que cinzas caíssem sobre o corpo do bebê.

O machucado antigo no joelho da bebê, por sua vez, teria ocorrido durante um período em que a criança estava com o pai. A jovem mãe também alega ter consumido bebida alcoólica no dia da morte, mas afirma que não estava embriagada.

A defesa da jovem também destacou que, após buscar informações no conselho tutelar da cidade, não foram encontrados registros de qualquer outro incidente ou crime relacionado à criança falecida ou aos outros dois filhos da mãe. Isso, segundo a defesa, reforça a ideia de que o evento foi um acidente isolado.

A jovem mãe está em um estado emocional abalado, tendo sido impedida de participar do velório do filho devido à prisão. A advogada relata que a cliente está “abalada, apenas balançando a cabeça” ao falar sobre o ocorrido.

O plano da defesa é tentar um habeas corpus ainda esta semana, com o objetivo de permitir que a mulher responda às acusações em liberdade. Posteriormente, a defesa aguardará a conclusão das investigações para definir os próximos passos.

De acordo com a delegada Izabela Borin Favoreto, da Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) de Bataguassu, a bebê chegou ao hospital sem sinais vitais, apresentando sinais de rigidez cadavérica, extremidades arroxeadas, inchaço na cabeça e sangramento no ouvido.

O exame pericial identificou a causa da morte como sufocação direta. Além disso, o laudo apontou diversas lesões no corpo da criança, incluindo queimaduras compatíveis com cinzas de cigarro, uma lesão traumática no crânio, assaduras graves no pescoço e a presença de fungos na região anal, indicando falta de higiene.

Essas descobertas contradizem a versão da jovem mãe e sua defesa, levantando sérias questões sobre o tratamento e o cuidado dado à criança.

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