As estatais brasileiras registraram um déficit primário de R$ 8,073 bilhões em 2024, o pior resultado já registrado, de acordo com o relatório de Estatísticas Fiscais do Banco Central divulgado na última sexta-feira (31).
Conforme o site Metrópoles divulgou no sábado (1º), esse déficit é o maior já registrado pelas estatais e é um reflexo da difícil situação financeira enfrentada por essas empresas. O déficit acumulado das estatais no governo Lula é de R$ 10,3 bilhões, considerando os resultados de 2023 e 2024.
Em 2023, as estatais registraram um déficit de R$ 2,27 bilhões, após ter um saldo positivo acumulado de R$ 24,4 bilhões no governo Bolsonaro. Essa reversão no desempenho das estatais é um sinal de alerta para a gestão financeira dessas empresas.
A principal estatal que contribuiu para o déficit é a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios), com um saldo negativo de R$ 3,2 bilhões. Esse resultado é um reflexo das dificuldades enfrentadas pela empresa, incluindo a concorrência de outras empresas de logística e a necessidade de modernização de sua estrutura.
Em nota, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos tentou contornar a situação, afirmando que os dados do Banco Central não são a melhor forma de observar a “sustentabilidade financeira da estatal”.
No entanto, essa posição não muda o fato de que as estatais estão enfrentando dificuldades financeiras significativas, e é necessário tomar medidas para resolver esses problemas.
O déficit primário das estatais pode ter consequências significativas para a economia brasileira, incluindo a necessidade de aumentar a carga tributária ou cortar gastos em outras áreas para compensar o prejuízo.
Além disso, a situação financeira das estatais pode afetar a confiança dos investidores e a estabilidade do mercado financeiro. É fundamental que as autoridades tomem medidas para sanear as finanças das estatais e garantir sua sustentabilidade a longo prazo.
