Com risco, inclusive, de proliferação de dengue, espaços abandonados na cidade têm tirado o sono dos moradores três-lagoenses
Os moradores da região do Bairro Vila Nova em Três Lagoas flagraram suspeito depredando o antigo prédio do SESI, localizado na Avenida Eloy Chaves. Através de sua janela, um morador flagrou um indivíduo em atitudes suspeitas, retirando telhas e fios elétricos do local, desativado há 9 anos. As imagens foram encaminhadas ao Perfil News.
Fechado desde 2016, o antigo prédio do SESI, que pertence à FIEMS (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), já foi um espaço que acolhia centenas de alunos em suas aulas profissionalizantes, natação e demais atividades esportivas. Infelizmente agora enfrenta o retrato do abandono.
Preocupação dos moradores da região, que teme a proliferação de insetos, além de se tornar entorno de moradores de rua, o prédio um dia foi um símbolo de aprendizado e desenvolvimento para muitas famílias da cidade.
A FIEMS já anunciou planos para reaproveitar o espaço e atender novas demandas sociais, mas a urgência de ações de preservação se torna ainda mais evidente diante da situação atual.
ESPAÇOS ABANDONADOS EM TRÊS LAGOAS PREOCUPAM
Nesta quinta-feira (20), a reportagem do Perfil News divulgou relato de moradores preocupados com um imóvel abandonado na mesma região. A casa serve como “berçário” de mosquito da dengue e coloca em risco a saúde dos moradores.
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Além do SESI, outros prédios abandonados na cidade, como o Três Águas Clube, também têm sido alvo da ação do tempo e depredação. O clube, fechado por mais de uma década, sofre com as ações do tempo e as piscinas podem se tornar um local propício para o acúmulo de água e a proliferação de mosquitos da dengue. Entretanto, a titular da secretaria municipal de Saúde, Elaine Ferrari, a piscina é monitorada pelos agentes de saúde.
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Donos de imóveis na área têm tentado manter os locais limpos, mas a situação se agrava em época das chuvas, com o abandono e a falta de destinação.
Os moradores da região expressam preocupação não apenas com prédios abandonados, mas também com pequenos imóveis em deterioração, especialmente nas proximidades da Lagoa Maior. Esses locais se tornaram refúgios para moradores de rua e usuários de drogas, colocando em risco a segurança da comunidade, especialmente com o início das aulas.
ESPERA POR SOLUÇÃO
Os moradores afirmam que diante da situação, é esperado uma resposta mais eficaz das autoridades locais. A prefeitura, através da secretaria de Assistência Social procura sempre atender as pessoas em situação de rua, inclusive possui um local atendimento, o Centro Pop e Acolhimento, porém a maiorias dessas pessoas recusam o atendimento.
Diante dessa negativa, é preciso buscar apoio com as autoridades do judiciário para embasar uma fiscalização mais rigorosa, de ações objetivas, como acontecem em cidades como Chapecó, no estado de Santa Catarina.
A comunidade de Três Lagoas espera que as autoridades tomem medidas imediatas para restaurar a ordem e a segurança e integridade dos espaços públicos, promovendo um ambiente saudável e seguro para todos.
CARTÕES POSTAIS DE TRÊS LAGOAS VIRAM ABRIGOS IMPROVISADOS
Em janeiro, o Perfil News já trouxe a problemática enfrentada na cidade: o aumento significativo do número de pessoas em situação de rua e abandono de imóveis. Áreas que antes eram consideradas cartões-postais da cidade estão sendo transformadas em abrigos improvisados, evidenciando a gravidade da situação na cidade.
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O fenômeno reflete a falta de políticas públicas eficazes para abordar a questão dos moradores de rua, incluindo a escassez de assistência social adequada e a carência de espaços de acolhimento dignos. Com a deterioração de prédios abandonados e imóveis desocupados, esses locais têm se tornado refúgios para aqueles que vivem nas ruas, acentuando a precarização das condições enfrentadas por essa população.
Lagoa Maior: Principal ponto turístico da cidade, onde foram relatados casos de moradores de rua causando transtornos, como atentado ao pudor e consumo de drogas.
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Na Segunda Lagoa (Foto acima) também tem sido ocupada por pessoas em situação de rua, com registros de práticas inadequadas, como banhos e atos sexuais em público.
Outro cartão postal mencionado anteriormente é a Praça do Alvorada, localizada em frente à delegacia da Polícia Federal, onde há concentração de usuários de drogas e moradores de rua, causando preocupações aos comerciantes e moradores das proximidades.
Também é importante mencionar a antiga sede da Viação São Luiz. O imóvel desativado que tem sido utilizado como abrigo por moradores de rua, gerando acúmulo de lixo e insegurança na região central da cidade.