A defesa do estudante de medicina, de 22 anos, que atropelou e matou a corredora Danielle Correa de Oliveira, de 41 anos, na MS-010, em Campo Grande, entrou com o pedido de revogação da prisão preventiva.
Conforme o site Midiamax divulgou na segunda-feira (14), o rapaz está preso desde o último dia 15, após ser detido em flagrante por dirigir embriagado e atropelar a vítima.
O acidente ocorreu no km 04 da rodovia, quando o estudante dirigia um Fiat Pulse e tentou realizar uma ultrapassagem, colidindo contra Danielle e uma colega de corrida. A vítima morreu no local, enquanto a outra corredora sobreviveu.
O estudante foi preso em flagrante e passou por audiência de custódia, onde o juiz, Aluísio Pereira dos Santos, decidiu mantê-lo preso preventivamente. A defesa, representada pelo advogado José Roberto Rosa, argumenta que o estudante é réu primário e não possui antecedentes criminais, o que justificaria a revogação da prisão preventiva.
O pedido de revogação da prisão preventiva cita o clamor social gerado pela morte de Danielle, mas argumenta que essa pressão social não pode ser considerada como fundamento para a decretação da prisão preventiva. A defesa também propõe medidas cautelares, como o comparecimento do estudante em juízo mensalmente, proibição de ausentar-se da comarca sem autorização judicial prévia, recolhimento domiciliar noturno e o uso de monitoramento eletrônico.
O advogado José Roberto Rosa conversou com o Midiamax e afirmou que, nesse momento, a prioridade é o pedido de revogação. “A nossa ideia é tentar verificar se é possível conceder a liberdade para ele. Nesse momento, a preocupação é com esse tema, pois, como ele é residente, não pode ter faltas no hospital. Então, uma das principais coisas que ele perderia nesse momento é a residência”, disse.
Um vídeo da audiência de custódia mostra o estudante de medicina chorando ao ouvir a decisão do juiz. A publicitária Gisele Dias, que praticava corrida com a vítima, também se manifestou sobre o caso, afirmando que o motorista estava extremamente embriagado e que não deveriam ser só crimes hediondos que deveriam ser inafiançáveis.