A família do mecânico Bruno Lopes de Freitas, de 33 anos, acusa o Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) de Campo Grande de negligência na perícia. Segundo os familiares, o corpo foi entregue em estado avançado de decomposição, com larvas visíveis.
Conforme o site Top Mídia News, Bruno morreu na tarde da última segunda-feira (3) em Sidrolândia, a 70 km de Campo Grande, após ser prensado por uma carreta devido à queda de um macaco hidráulico em uma oficina. Como a cidade não possui IML (Instituto Médico Legal), o corpo foi encaminhado para a Capital.
De acordo com a prima da vítima, Gislaine Brito, de 31 anos, a morte ocorreu por volta das 16h, mas o corpo só chegou ao Imol às 22h e permaneceu sem refrigeração até as 10h do dia seguinte, quando um médico chegou para realizar a necropsia. Durante esse período, segundo ela, o corpo ficou exposto a moscas e em decomposição avançada.
“O corpo ficou em cima de uma mesa, sem refrigerador, juntando moscas”, relatou Gislaine. Ela afirma que a funerária responsável pelo traslado não conseguiu preparar o corpo para o velório devido ao estado avançado de decomposição, sendo necessário lacrar o caixão.
“A gente queria se despedir de forma digna, mas não foi possível. O corpo não estava em condições de ser velado com caixão aberto”, lamentou.
A família critica a demora e a falta de estrutura, que resultaram no sofrimento adicional para os parentes. “É um descaso total com a dignidade humana. Como podem permitir isso?”, questionou Gislaine.
O sepultamento ocorreu na manhã de quarta-feira (5), em Sidrolândia. Bruno deixa esposa e dois filhos.
Resposta do Imol
O Instituto de Medicina e Odontologia Legal informou que seguiu os trâmites normais e que o corpo de Bruno foi armazenado em câmara fria logo após a chegada, o que impediria o acesso de insetos e a formação de larvas. O órgão afirmou que a necropsia foi realizada por volta das 11h do dia 4 e que o corpo ficou disponível para retirada a partir das 13h. A funerária teria feito a retirada às 15h05.
