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terça-feira, 22 de abril de 2025

Em MS, mãe suspeita de torturar filho de 3 anos é presa e proibida de se aproximar da criança

Uma mulher foi presa sob suspeita de amarrar e agredir seu filho de três anos com um cano em Anastácio, a cerca de 122 km de Campo Grande. A Justiça determinou que ela não poderá se aproximar da criança, que apresentava sinais graves de desnutrição, desidratação e lesões espalhadas pelo corpo.

Conforme o site Campo Grande News divulgou nesta última quinta-feira (6), o menino foi transferido para um hospital em Campo Grande, onde recebe atendimento médico.

A delegada Isabelle Sentinello explicou que, após ouvir testemunhas e analisar os indícios, decidiu pela prisão da mãe por maus-tratos qualificados. Além disso, foi solicitada uma medida protetiva para garantir que ela não tenha contato com o filho.

A Justiça determinou que a criança seja acolhida em uma unidade de proteção do município e proibiu qualquer familiar de visitá-la. A Polícia Civil também investiga se outras pessoas foram negligentes nos cuidados com o menino.

Caso chocante e versões conflitantes

O caso veio à tona na segunda-feira (3), quando a própria mãe levou a criança a uma unidade de saúde em Anastácio por volta das 20h. Os médicos identificaram ferimentos na cabeça, queixo, braços e abdômen, além do estado de desnutrição e desidratação do menino. Diante da gravidade, o Conselho Tutelar e a Polícia Militar foram acionados.

A mãe alegou inicialmente que deixou o filho sob os cuidados da avó paterna enquanto trabalhava em uma fazenda. No entanto, ao ser questionada, a avó negou envolvimento nas agressões e apontou a própria mãe da criança como responsável.

Na delegacia, a história mudou novamente: a mãe acusou a irmã, tia do menino, de ser a agressora. Segundo ela, a criança era amarrada com um cadarço e agredida com um cano de água sempre que pedia comida. A tia, por sua vez, negou a acusação e reafirmou que a mãe era a responsável pelos maus-tratos.

Denúncias ignoradas

Vizinhos relataram que já haviam denunciado a situação ao Conselho Tutelar diversas vezes, mas a família tentava ocultar os maus-tratos. “Quando suspeitavam que o Conselho viria, trancavam a casa. A criança chorava o dia todo”, contou uma moradora que preferiu não se identificar.

A investigação continua para responsabilizar todos os envolvidos e garantir a segurança do menino.

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