O Porto de Santos recebeu cerca de 6,8 milhões de toneladas de celulose para exportação por ferrovia no ano passado, o que representa 1,2 milhão de toneladas a mais em relação ao volume escoado em 2023, de 5,6 milhões de toneladas. Com isso, a participação do envio do produto pelo modal aumentou para 91,84%.
Segundo a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), o transporte de celulose para exportação por trilhos no complexo portuário santista passou de 86,08% em 2023 (5,6 milhões de toneladas, de um total de 6,5 milhões de toneladas) para 91,84% em 2024 (6,8 milhões de toneladas por ferrovias, de um total de 7,5 milhões de toneladas). Isto equivale a um aumento aproximado de 1,2 milhão de toneladas do produto transportadas nas ferrovias em apenas um ano.
Em relação a todos os portos nacionais, a ANTF informou que o envio de celulose para venda externa aumentou de 9,24 milhões de toneladas (54,66%) em 2023 para 10,60 milhões de toneladas (60,74%) em 2024.
Conforme o Porto Tribuna, o diretor de Dados e Autorregulação da ANTF, Paulo Oliveira, observou que “entre 2023 e 2024 houve um aumento de meio milhão de toneladas de celulose exportadas nos portos brasileiros. Porém, nesse mesmo período, o Porto de Santos observou um crescimento em dobro, de quase um milhão de toneladas em seu volume de celulose exportada”.
Para Oliveira, o resultado “se deve à infraestrutura bem desenvolvida Porto, que já colhe os frutos da política de renovação dos contratos de ferrovia da Rumo Malha Paulista (RMP) e da MRS Logística, bem como da sinergia proporcionada pela criação da Ferrovia Interna do Porto de Santos (Fips)”.
Investimentos
Ainda de conforme o Porto Tribuna, há investimentos previstos no contrato de concessão da MRS, que opera o trecho do porto ao restante da malha nacional. Porém, o escoamento eficiente depende ainda da realização de investimentos em pontos da Malha Paulista, concedida à Rumo. E, também, da integração da operação das concessionárias Rumo, MRS e VLI à Ferrovia Interna do Porto de Santos (Fips), formalizada em dezembro de 2022. Com a Fips, o escoamento de celulose e de outros produtos no cais santista é mais eficiente.
