Dr. Cassiano Maia (PSDB) disse ao Perfil News que objetivo também é expandir o turismo como setor estratégico
Após alcançar importante marco ao assumir a presidência da AMUSUH (Associação Nacional dos Municípios Sedes de Usinas Hidroelétricas), o prefeito de Três Lagoas, Dr. Cassiano Maia (PSDB), afirmou ao Perfil News, que buscará colocar Três Lagoas no cenário nacional.
Como sede de uma usina hidrelétrica e com áreas alagadas, o prefeito disse que a cidade busca fortalecer sua representatividade no Congresso Nacional, garantindo maior apoio de deputados federais e senadores de 21 estados. O objetivo é lutar por melhorias, aumentos nas contribuições financeiras e maiores taxações em prol do município, impulsionando setores estratégicos como a pesca, a população ribeirinha e o turismo.

“A repercussão tem sido grande desde ontem em Brasília, e essa conquista será muito benéfica para nós. Fui muito bem acolhido pelos 743 prefeitos que compõem a entidade e que apoiaram nosso nome. Isso nos dá ainda mais responsabilidade para exercer um bom trabalho”, destacou o novo presidente da AMUSUH.
Entre as principais pautas defendidas pelo novo presidente estão a ampliação dos investimentos na pesca, especialmente na região do Jupiá, e o incentivo ao turismo. O setor é visto como uma “indústria branca”, capaz de desenvolver economicamente o município sem impactos ambientais severos. “Temos grandes possibilidades de explorar o potencial dos alagados para fomentar ideias inovadoras ligadas ao turismo”, ressaltou.
Com a nova liderança na AMUSUH, Três Lagoas ganha destaque e se fortalece na busca por mais recursos e infraestrutura, consolidando sua posição como um dos municípios estratégicos no setor hidrelétrico do Brasil. O prefeito reafirmou seu compromisso em trabalhar intensamente para garantir avanços significativos e impulsionar o desenvolvimento local.
A associação, que existe há três décadas, tem sido um elo essencial entre os municípios e o Congresso Nacional, trabalhando pela melhoria das contribuições financeiras para cidades impactadas por usinas hidrelétricas e alagamentos. “A gente vai se empenhar, porque esses são assuntos muito importantes para o nosso município. Além de buscar sempre mais recursos, queremos desenvolver muito o setor da pesca, especialmente no nosso Jupiá, e fortalecer o turismo, que é essencial para o desenvolvimento de Três Lagoas.”
USINAS HIDRELÉTRICAS EM MS
Em Mato Grosso do Sul temos os municípios de Três Lagoas, Anaurilândia, Selvíria, que sofrem os impactos das usinas hidroelétricas. A região já é conhecida mundialmente por suas fábricas de celulose. Pioneira no setor, Três Lagoas é a cidade que mais exporta em Mato Grosso do Sul. O que muitas pessoas não sabem é que o município também é fonte de energia e em breve, terá duas termoelétricas.
Três Lagoas possui abundância energética, com a Usina Hidrelétrica de Jupiá, a Usina Onça Pintada, da Eldorado Brasil, a Termoelétrica Luis Carlos Prestes – Petrobras e em breve, a também termoelétrica denominada Tamandaré.
Três Lagoas já tem a Usina Termelétrica da Petrobras, a qual, completou 20 anos em abril de 2024. Ao longo desse tempo, a UTE gerou cerca de 19,5 milhões de MWh, suficientes para abastecer uma cidade de 1 milhão de habitantes por mais de 11 anos. A usina está ligada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e, em conjunto com o parque gerador da Petrobras, tem um papel relevante na segurança energética do país, complementando as fontes de energia renováveis.
O projeto de construção da usina da Petrobras foi planejado em duas fases, sendo a primeira iniciada em 2001 e concluída em sua inauguração, em 2 abril de 2004, com o funcionamento de quatro turbogeradores a gás operados em ciclo simples, com uma potência total de 252 MW. A região passou a ser exportadora de energia elétrica, em um momento em que o Brasil passava por fortes restrições hídricas.
Em 2010, na segunda fase, a usina ganhou quatro caldeiras recuperadoras e dois turbogeradores a vapor, aumentando sua potência de 252MW para 368MW. A conclusão dessa fase proporcionou um ganho de eficiência de 34% para 47%, mantendo o consumo de gás, aproveitamento da conversão do poder calorífico da queima do gás natural em energia elétrica.
A nova termoelétrica Tamandaré já foi aprovada em alguns estudos. De acordo com o Promotor de Justiça de Meio Ambiente, Antônio Carlos Garcia de Oliveira, ela teve a aprovação da perfuração do poço pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) que segue sendo analisando a licença prévia do novo empreendimento.
A Portaria publicada pelo Imasul no último dia 30 de agosto “autoriza a perfuração de poço para captar água do Poço 01 (DURH029085) com a finalidade de gerar 215.928 MW/dia de energia termelétrica na UTE Tamandaré 1”.
As usinas hidrelétricas fazem um importante papel quando o assunto é geração de energia, mas também causam impactos nas cidades. A Usina Hidrelétrica Engenheiro Souza Dias, também conhecida como Usina Jupiá, é uma importante fonte de geração de energia elétrica no Brasil. Localizada no Rio Paraná, entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, a usina possui uma capacidade instalada de aproximadamente 1.500 megawatts.
A usina termoelétrica Onça-Pintada fica localizada no complexo industrial da Eldorado Brasil que é autossuficiente em energia renovável, gerada a partir da biomassa de materiais não aproveitados no processo produtivo como a lignina e resíduos de madeira. Essa biomassa é processada em uma caldeira especial, que produz vapor e movimenta duas turbinas responsáveis pela geração da energia. Essa dinâmica garante energia verde, de base renovável, para as operações da nossa planta e para as indústrias parceiras localizadas no complexo industrial. São 1.536 mil MWh de energia.
Já a usina hidrelétrica Engenheiro Souza Dias, “a usina de Jupiá”, localizada no Rio Paraná, entre os municípios de Andradina e Castilho (SP) e Três Lagoas (MS), a Usina Hidrelétrica Jupiá dispõe de eclusa, sob a responsabilidade do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) que possibilita a navegação e a integração hidroviária entre os rios Paraná e Tietê. Capacidade Instalada: 1.551,2 MW.