Quarta-feira (8), é uma data especial para o setor da celulose de Mato Grosso do Sul e do Brasil. Um dos maiores investimentos vai ter o ‘coração batendo’ nesta semana. Isto porque, amanhã acontece o lançamento da pedra fundamental da Arauco, empresa chilena que está investindo bilhões com a construção de uma fábrica na cidade vizinha de Três Lagoas, Inocência.
A solenidade deve contar com a presença de várias autoridades, incluindo a do Governador de Mato Grosso do Sul e do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. A obra já está em andamento e integra o chamado Projeto Sucuriú, da multinacional chilena Arauco, que fará sua estreia no Brasil com um investimento de US$ 4,6 bilhões mais de R$ 23 bilhões.
A planta industrial terá capacidade anual de produção de 3,5 milhões de toneladas de celulose branqueada, o que a torna a maior do mundo entre as construídas em etapa única.
OFERTAS DE EMPREGOS
Mesmo com a fábrica ainda em construção e com previsão de operar no final de 2027, Inocência já é outro município desde o anúncio do megaempreendimento. A oferta de emprego disparou tanto que a cidade não consegue atender à demanda.
A celulose é líder quando o assunto é empregabilidade em Mato Grosso do Sul. Além das próprias indústrias conseguirem gerar milhares de empregos, elas também englobam uma série de outros setores que conseguem gerar muitos novos empregos ao povo sul-mato-grossense e demais pessoas que chegam em nosso Estado de vários lugares do mundo.
Mato Grosso do Sul é uma potência mundial da celulose. Três Lagoas é a pioneira no setor, com duas fábricas, sendo uma Suzano e uma Eldorado. Ano passado, Ribas do Rio Pardo foi contemplada com uma Suzano que já está operando. Uma Arauco está sendo construída em Inocência e, em breve, obras da Bracell devem começar em Bataguassu.
Com isso, milhares de pessoas de todos os locais do mundo chegam a Mato Grosso do Sul na busca de melhores condições de vida. No pico da construção de uma fábrica, ela gera 10 mil empregos. Para atender às demandas de uma indústria, comércios são ampliados, além de outros megaempreendimentos que acabam sendo instalados nas cidades.
DEMANDAS
Com a alta demanda, acaba faltando mão de obra. Algo que já aconteceu em todos os municípios que possuem fábricas de celulose e o que está acontecendo em Inocência, por exemplo. A cidade tinha pouco mais de 8 mil moradores e, no pico da construção da Arauco, a indústria precisa de pelo menos 10 mil funcionários. Ou seja, ultrapassa a quantidade da população. Muitas vezes, a empresa precisa se deslocar para outras cidades em busca de pessoas que queiram trabalhar.
Com as fábricas, o desenvolvimento também chega aos municípios. Um exemplo também são as obras que em breve serão realizadas nas rodovias da região, já conhecida como ‘Vale da Celulose’, devido à quantidade de indústrias.
GOSTINHO
Bataguassu já está sentindo o mesmo ‘gostinho’ de desenvolvimento que Três Lagoas passou há algumas décadas. A Bracell, uma das gigantes do setor de celulose, está conduzindo estudos para a instalação de uma nova fábrica de celulose na cidade, que já prevê a geração de até 10 mil novas vagas de emprego durante a construção da indústria.
O investimento será de US$ 4 bilhões (cerca de R$ 23 bilhões). A Bracell terá a capacidade produtiva de 2,8 milhões de toneladas anuais de celulose solúvel especial, um produto de alto valor agregado utilizado em indústrias como têxtil, farmacêutica, cosmética e alimentícia.
