Uma jovem de 22 anos conseguiu escapar de uma situação de cárcere privado e violência doméstica na manhã de quinta-feira (10), na Aldeia Jaguapiru, em Dourados, a 251 quilômetros de Campo Grande.
Conforme o site Campo Grande News, após dias sob ameaça e agressões do marido, de 24 anos, ela buscou ajuda em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) próxima de sua casa, onde foi amparada por profissionais da unidade.
De acordo com o boletim de ocorrência, a vítima convivia com o agressor há cerca de sete anos. As agressões teriam se intensificado após uma discussão motivada por ciúmes, ocorrida na quarta-feira (9).
O homem trancou a companheira dentro de casa com o filho do casal, quebrou seu celular e o jogou em uma fossa no quintal. A jovem sofreu cortes nas mãos por conta dos estilhaços da película do aparelho.
Ela relatou que foi derrubada no chão, teve a cabeça pisoteada com uma bota de trabalho, levou socos e teve os cabelos puxados. Além disso, o agressor destruiu objetos da casa, incluindo um espelho, um aparelho de som e três ursinhos de pelúcia que pertenciam à vítima, usando uma faca de cozinha.
Na manhã do dia seguinte, por volta das 5h, a jovem tentou sair de casa com o filho para levá-lo a uma consulta médica. No caminho, foi abordada pelo agressor, que a obrigou a subir em sua motocicleta e a levou de volta para casa. Embora não a tenha trancado novamente, ele a proibiu de sair.
Aproveitando a ausência do companheiro, a jovem correu até a UBS da região e pediu socorro. Ela foi atendida inicialmente pelo próprio tio, que trabalha como farmacêutico na unidade, além da assistente social e do psicólogo do local. Em seguida, foi encaminhada pela equipe da Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM) à delegacia, onde registrou a ocorrência.
A vítima solicitou uma medida protetiva de urgência e foi orientada a não manter contato com o agressor. Em caso de emergência, deve acionar a Polícia Militar pelo 190 ou a Guarda Municipal pelo 199. Ela também foi conduzida ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de corpo de delito e, posteriormente, levada para a casa dos pais, também localizada na aldeia.
O caso foi registrado como sequestro, cárcere privado, ameaça e lesão corporal. Até o momento, não há confirmação sobre a prisão do suspeito.