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sexta-feira, 18 de abril de 2025

Operação Adolescência Segura: PC cumpre mandados em MS contra grupo que aliciava adolescentes na internet

A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por meio do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em Campo Grande na terça-feira (15), durante a Operação Adolescência Segura.

Conforme o site Jovem Sul News, a ação foi deflagrada em sete estados brasileiros e teve como objetivo desarticular uma organização criminosa que atuava no ambiente virtual aliciando adolescentes para práticas de violência, automutilação e disseminação de ódio.

A operação foi coordenada nacionalmente pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência do Ministério da Justiça (DIOPI/SENASP/MJSP), com suporte do Laboratório de Operações Cibernéticas – CIBERLAB. Em Mato Grosso do Sul, a atuação contou com apoio técnico do Núcleo de Computação Forense do Instituto de Criminalística, fundamental para apreensão e análise de provas digitais.

Ao todo, foram cumpridos aproximadamente 20 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul, São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás. A ofensiva resultou em duas prisões temporárias de adultos e sete internações provisórias de adolescentes.

Segundo as investigações, o grupo utilizava plataformas criptografadas, como Discord e Telegram, além de redes sociais, para atrair jovens vulneráveis com conteúdos que promoviam automutilação coletiva, crueldade contra animais, incitação ao ódio e sugestões de ataques violentos. Os criminosos ainda incentivavam o engajamento com “recompensas simbólicas” para aqueles que mais participavam das ações.

O diretor da DIOPI, Dr. Rodney da Silva, destacou a importância da articulação nacional:

“Esta operação é fruto de um trabalho integrado, liderado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, com apoio fundamental de diversas Polícias Civis estaduais e do Ministério da Justiça. Atuamos de forma cirúrgica para desarticular uma rede que cooptava jovens para práticas criminosas no ambiente virtual. Nosso objetivo é proteger adolescentes e a sociedade de ações que se iniciam no digital, mas geram graves reflexos no mundo real”, afirmou.

Os envolvidos poderão responder por associação criminosa, indução à automutilação, maus-tratos a animais, entre outros crimes cujas penas somadas ultrapassam dez anos de reclusão.

Em nota, o DRACCO reafirmou o compromisso da Polícia Civil com o combate aos crimes cibernéticos e a proteção da infância e juventude, atuando de forma integrada com instituições estaduais e federais para garantir segurança e justiça à população.

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