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sábado, 19 de abril de 2025

Seilog e Agesul abrem portas para o futuro de jovens trabalhadores

A rotina de João Pedro Socorro começa cedo, antes do sol nascer. Às quatro e meia da madrugada, o despertador toca no Jardim Noroeste, ele se levanta, arruma a mochila e sai em direção ao ponto de ônibus que fica há poucas quadras de casa. No terminal, a espera pela condução prefixo 053 é uma espécie de rito diário. O destino é Instituto Mirim de Campo Grande onde participa do processo de capacitação da entidade. No período vespertino, ele segue para a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Seilog), onde cumpre expediente no serviço administrativo. À noite ainda tem pique para um jornada de quatro horas de aprendizado em  uma escola da rede pública.

João Pedro tem 15 anos e um objetivo na vida: quer ser policial. Antes disso, pretende cursar a faculdade de Direito para entender melhor as leis. O pai é autônomo e a mãe dona de casa, mas ele quer ajudar a mudar a realidade da família com dignidade e a força do seu  trabalho. “Tomei gosto pelo estudo e estou correndo atrás do meu sonho”, relata.

Na terça-feira (15), ele e mais 18 adolescentes começaram a trabalhar no setor administrativo da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul), graças a uma parceria com o Instituto Mirim da Capital — uma entidade que, há 43 anos, ajuda a transformar sonhos em possibilidades no mercado de trabalho.

“Nosso objetivo é mais do que encaminhar. É acompanhar, fazer com que o adolescente cresça no profissional e no social”, explica Mariluce Cândido de Resende, assistente social do Instituto há três anos. Hoje, a entidade abriga cerca de 1.400 adolescentes, espalhados por órgãos públicos e empresas privadas de Campo Grande. “Eles trabalham durante o dia e estudam à noite. É puxado, mas é assim que a vida ensina”, completa.

Natália de Souza tem 16 anos, mora no Jardim Tarumã e também começou ontem. Ela cursa o segundo ano do ensino médio no período noturno e relata que o primeiro emprego vem cheio de significado. “Quero guardar dinheiro, conquistar minhas coisas, e ter experiência”, diz. Ela também quer cursar Direito. “Quero crescer, me formar, ajudar minha família”.

A Seilog conhece bem essa jornada. Já teve servidores que começaram exatamente como aprendizes do Instituto Mirim. Uma delas é Isabela Terengue, hoje gerente de suprimentos de transportes da secretaria. “Eu fui aprendiz de 2010 a 2013. Aprendi cedo sobre responsabilidade, sobre me virar”, lembra. “Hoje, vejo esses jovens chegando e penso que o ciclo continua. A gente aprende com eles. Trazem uma nova forma de ver o trabalho, uma energia boa”.

A aposta da Seilog e Agesul na formação de jovens aprendizes reflete um compromisso do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul com a valorização da qualificação profissional dos jovens. 

Para João Pedro e Natália, o ingresso no mercado de trabalho é uma chance de transformar a realidade. Eles representam uma geração otimista com o caminho da disciplina para vencer na vida. E que com esforço, o futuro deixa de ser sonho e começa a virar realidade.

Alexsandro Nogueira, Comunicação Seilog/Agesul

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