O sumiço das doses de vacina contra a gripe H1N1 está dando mais pano pra manga entre os vereadores da Capital do que a própria investigação da Coffee Break, onde grande parte deles está sendo investigada.
As defesas dizem que não, mas alguns presos da operação Lama Asfáltica pensam sim em delatar o esquema milionário de desvio de recursos durante o governo passado.
Quem tem a responsabilidade de aceitar ou rejeitar a denúncia do Ministério Público sobre os investigados da operação Coffee Break é o desembargador Luiz Cláudio Bonassini da Silva, o mesmo que afastou Gilmar Olarte do cargo.
A proposição de mais uma CPI na Câmara de Vereadores de Campo Grande sem que os parlamentares tenham dado cabo das demais abertas na Casa soa como mais uma piada de mau gosto.
A cada informação nossa de cada dia, mais um petardo é disparado contra o PMDB de Mato Grosso do Sul. O partido vive a mesma agonia do PT em tempos de operações contra a corrupção vindas de todos os lados. Diante dessa nova realidade, não resta outra opção ao comando da sigla senão a de encarar os percalços e procurar nomes que queiram ir para o sacrifício
A volta do Gaeco à Câmara de Vereadores da Capital é o prenúncio de que vem mais chumbo grosso pela frente. Embora tenha sido negado que a ida dos policiais ao prédio do Poder Legislativo tinha alguma coisa a ver com a operação Coffee Break, quem está envolvido nela deve ter ficado com a pulga atrás da orelha.
Enquanto o PMDB se enfraquece no interior, na Capital a coisa também não é lá muito diferente. O partido pode se aliar a antigos parceiros para montar uma chapa em condições de disputar a eleição.
O ex-governador André Puccinelli (PMDB) foi à posse do correligionário Michel Temer, no Palácio do Planalto. Com um amigo no comando do poder central, em Brasília, fica mais fácil se desvencilhar de alguns incômodos que hoje o afligem.