O tempo frio e chuvoso de ontem interrompeu mais uma vez a campanha de rua dos candidatos na Capital e em algumas regiões do Estado. Com isso, eles aproveitaram a ocasião para afinar seus discursos e se dedicar às gravações dos programas de rádio e TV.
A maior curiosidade a respeito do horário eleitoral recai sobre o conteúdo do programa do candidato ao governo, Reinaldo Azambuja (PSDB). Unido ao petista Delcídio do Amaral no início deste ano, mas forçado a abandoná-lo por imposição das executivas nacionais dos dois partidos, teve que partir para voo solo.
Astuto que só, cabeça coroada lançou seus tentáculos na direção das candidaturas com reais chances de vitória ao Parque dos Poderes e, de longe, observa suas intensas movimentações. Uma delas - a tucana - foi escolhida para receber em sua equipe um nome de peso e profundo conhecedor da política regional.
Corre à boca pequena que figura polêmica tem que torcer muito para não ficar doente e depender de cuidados médicos por estas bandas. Desde que o ex-prefeito de Dourados, Ari Artuzi, denunciou em vídeo que recebia água na veia, ao invés de quimioterapia e, mais recentemente, várias mortes após procedimento semelhante, fica difícil de o moço acreditar que escapará ileso.
Se equilibrando em verdadeira corda bamba está o ex-prefeito da Capital, Alcides Bernal (PP). Se por um lado, tenta fazer valer sua candidatura ao Senado, mesmo já tendo perdido o 1º round, por outro, luta bravamente para voltar ao comando do Paço Municipal. Nesta segunda hipótese, porém, a missão tem sido inglória com ele.
Não foi à toa a decisão do deputado Antônio Carlos Arroyo (PR) de não se candidatar à reeleição este ano. O republicano é cotado para assumir a vaga de Cícero de Souza, que se aposenta compulsoriamente do Tribunal de Contas do Estado no próximo mês de novembro.
O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) se encarregou de fazer mais uma depuração na lista de candidatos nas eleições de outubro. Foram 27 ao todo os pretendentes aos cargos de deputado estadual e federal impugnados pelo órgão que devem deixar a campanha eleitoral.
As redes sociais estão bombando com publicações de candidaturas para todos os gostos. O pessoal que já fez sua ‘opção’ por este ou aquele candidato, tratou logo de pulverizar sua foto e propostas para conhecimento geral dos eleitores em sua página pessoal.
Fonte digna de crédito e muito bem informada garante que bomba de efeito retardo pode explodir a qualquer momento e mandar muita podridão para os ares. O trem é tão feio que a turma que detém o artefato nas mãos está dividida entre apressar a detonação ou segurar um pouco mais.
Embora os gastos estejam minguados neste início de campanha eleitoral, fonte bem informada disse que certo candidato ao governo usa até um GPS para rastrear a grana entocada em buracos espalhados por todos os lados. Sem o equipamento, garante, não é possível chegar até as camufladas verdinhas distribuídas ao longo do tempo.
Com os grandes doadores na mira da Justiça, os candidatos da vez podem ter dificuldades para abastecer seus caixas e tocar suas campanhas daqui pra frente. Ninguém em sã consciência vai querer se expor neste momento e desafiar uma possível investigação sobre operações desse tipo.
Teve início ontem e vai até o próximo dia 2 o prazo para que os candidatos, partidos ou comitês financeiros informem os gastos de campanha à Justiça Eleitoral. Quem perder o prazo pode ter consequências mais sérias no decorrer do processo e ficar impedido de continuar na disputa.
O caso sobre a compra de votos de vereadores para a cassação do ex-prefeito da Capital, Alcides Bernal (PP), continua sob a investigação do Gaeco. Como o processo corre em segredo de justiça, não há informações mais precisas sobre o assunto. No entanto, os promotores devem se posicionar nos próximos dias sobre a denúncia. Tudo vai depender, evidentemente, das informações que eles têm em mãos.
O técnico Dunga vive situação semelhante a político que lança candidatura a cargo público: vira alvo dos adversários na hora. Foi só ele dizer sim ao convite feito para voltar a comandar a Seleção Brasileira que já trataram de vasculhar sua vida. Desta feita, junto à Receita Federal, onde descobriram uma sonegação milionária.
Determinada coligação tem deixado seus principais cabos eleitorais em situação de penúria com a ajuda de campanha oferecida. Apelidado de ‘kit miséria’ pelos candidatos a deputado estadual, o pacote de bondade é tão pequeno que um gaiato perguntou ironicamente onde eles iriam gastar tanto dinheiro assim.
Os fakes postados no Facebook com críticas aos três principais candidatos ao governo de Mato Grosso do Sul, serão retirados por decisão judicial. Com críticas e ofensas consideradas acima do limite aceitável por eles, essas postagens devem ser excluídas no mais curto espaço de tempo, sob pena de multa diária pesada contra o Facebook Serviços Online do Brasil LTDA.
A educação, como sempre, tem sido o tema mais citado pelos candidatos ao governo em seus discursos no limiar destas eleições. Investimento no setor é sempre dito à exaustão por todos eles, sem, contudo, explicarem detalhadamente seus projetos e a origem dos recursos.
A declaração de bens dos candidatos apresentada à Justiça Eleitoral, por ocasião do registro de suas candidaturas, causou algumas surpresas. Só para citar um exemplo, o candidato ao governo, Nelsinho Trad (PMDB), tem um patrimônio inferior ao de Osvane Ramos (PROS), candidato à reeleição. O 1º foi vereador, deputado estadual e prefeito da Capital por oito anos. O 2º, prefeito de Dois Irmãos do Buriti por igual período e apenas meio mandato de deputado.
As pesquisas de intenção de voto para o governo de Mato Grosso do sul continuam a todo vapor. A cada rodada, os postulantes ao cargo analisam os números e seguem firmes em suas jornadas diárias. Com dados que apenas refletem a realidade do momento, sabem que o horário eleitoral na TV e no rádio é quem vai determinar a consolidação desses índices.
Enquanto os vereadores que integram a CPI da Saúde da Capital enterraram a investigação sobre a Máfia do Câncer, o MPF agiu quieto e mostrou sua primeira ação concreta sobre crime. Além denunciar seis pessoas envolvidas no escândalo, também pediu o bloqueio de R$ 102 milhões em bens do grupo.