Preocupado em terminar todas as obras lançadas pelo seu governo, André Puccinelli (PMDB) concluiu a reposição do seu primeiro escalão para que nenhum setor sofra solução de continuidade. Além de tirar Giroto da reeleição para o mandato de deputado federal, escolheu a dedo os novos colaboradores, para sair em grande estilo da sua gestão de oito anos.
A advogada Tatiana Ujacow pode ser a opção do PSB na disputa pelo Parque dos Poderes nas eleições deste ano, depois que o prefeito Dourados, Murilo Zauith, desistiu de sua candidatura. Com vínculo no segundo maior colégio eleitoral do Estado, ela conta ainda com a condição de ser uma mulher bem sucedida na profissão e já ser conhecida do eleitorado sul-mato-grossense.
Simone Tebet (PMDB) sai para a campanha ao Senado sem saber qual candidatura ao Palácio do Planalto vai apoiar. Sobre a presidente Dilma Rousseff (PT), ela disse que a promessa de apoio à petista é do governador André Puccinelli (PMDB), cujo compromisso já vem de algum tempo. No entanto, ela aguarda uma definição do seu partido para saber que rumo vai seguir.
Sobre sua permanência e a de Giroto nos cargos de governador e secretário de Obras respectivamente, André Puccinelli (PMDB) classificou como ‘doida’ a decisão. Segundo ele, ambos pareceriam imbatíveis nas pesquisas, mas os interesses de Mato Grosso do Sul falaram mais alto e ambos deixaram seus projetos pessoais de lado para ajudar o Estado.
Embora não apóie a candidatura de seu partido ao Parque dos Poderes, o presidente da Assembleia, Jerson Domingos (PMDB), disse que vai ajudar Simone Tebet (PMDB) a chegar ao Senado. Já quanto a Nelsinho Trad, Jerson disse que se ele realmente for para a disputa, se licencia e vai se colocar de corpo e alma na campanha do senador Delcídio do Amaral (PT).
Em discurso na Assomasul, Jerson Domingos (PMDB) deu como certa a vitória de Delcídio Amaral (PT) nas eleições de outubro. Estranhamente, até pediu autorização do petista para aumentar o valor a que cada deputado tem direito nas chamadas emendas parlamentares. Atualmente esse valor é de R$ 800 mil, o que ele considera muito pouco.
Analistas e a classe política sul-mato-grossense foram pegas de surpresa com o recuo do governador André Puccinelli (PMDB) em disputar a vaga ao Senado nas eleições de outubro. O mistério mantido até a noite de quarta-feira dava mostras claras de que ele iria renunciar ao mandato para encorpar a chapa de Nelsinho Trad na disputa pelo Parque dos Poderes.
A queda na popularidade da presidente Dilma Rousseff (PT), segundo pesquisa CNI/Ibope, pode provocar mudanças de rumo nas campanhas estaduais. Além dessa perda, tem ainda a CPI da Petrobrás criada no Senado para investigar o rombo bilionário provocado na estatal.
O deputado federal e pré-candidato ao Senado nas eleições deste ano, Reinaldo Azambuja (PSDB) ganhou queda de braço que mantinha com Ministério Público Eleitoral. O órgão queria condená-lo por promoção pessoal e propaganda antecipada ao distribuir um calendário à população sul-mato-grossense.
O prefeito Gilmar Olarte (PP) está prometendo uma verdadeira varredura na gestão do correligionário Alcides Bernal. Não se sabe se tem dedo de alguém nessa ‘vontade’ de apurar possíveis desmandos. No entanto, soa estranho um cristão como ele mesmo faz questão de dizer, insistir numa caça às bruxas com tanta volúpia.
A Páscoa do prefeito, secretários, vereadores e auditores da Capital vai ser bem recheada. Não de chocolate, obviamente, mas, de ‘garoupas’. É que o TJ-MS derrubou liminar que havia tornado sem afeito o aumento de 61,7 % concedido pela Câmara no ano passado e ainda mandou que o pagamento seja retroativo.
A crise financeira que castiga os municípios do Estado por conta da redução em seus repasses passa ao largo da Capital. Ao menos é essa a impressão que se tem da atual gestão, pródiga na criação de pastas para tocar administrativamente a cidade. Já está chegando à casa dos 30, entre secretarias, autarquias e fundações.
Adepto da antiga frase: ‘enquanto houver vida haverá esperança’, o peemedebista Jerson Domingos acredita que o seu partido e o PT ainda vão marchar juntos nas eleições de outubro. Apesar dos desentendimentos em âmbito nacional que cercam os dois partidos e suas rusgas regionais, ele crava a possibilidade de esse milagre vir realmente a acontecer.
Após sinal verde da cúpula petista de Mato Grosso do Sul sobre a aliança com os tucanos, o senador Delcídio do Amaral começa a montagem de sua chapa. A busca agora é por um vice. Mas tudo vai depender com quem o PT vai se aliar nessa campanha.
O entrave político travado entre os caciques petistas e peemedebistas no Congresso Nacional, com reflexo nada bom para o governo Dilma, reascendeu a chama que pode culminar com a composição da chapa Delcídio do Amaral (PT) e Reinaldo Azambuja (PSDB) ao governo do Estado e ao Senado.
De forma inteligente, o novo prefeito da Capital, Gilmar Olarte (PP), foi ouvir conselhos de experientes políticos na Assembleia Legislativa. Lá, ele sentou-se com o presidente da Casa, Jerson Domingos (PMDB), e com o deputado Londres Machado, presidente do PR, para discutir um pacto que lhe garanta a governabilidade nesses quase três anos de mandato que faltam.
O desfecho já era anunciado e, mesmo assim, nada foi feito pelo até então prefeito Alcides Bernal (PP) para mudar o curso da história. Ele preferiu a guilhotina a ter que sair do salto e buscar apoio de quem o ajudou a chegar ao poder, por ocasião do segundo turno das eleições.
Parceiro nos momentos bons, mas extremamente fisiológico quando se trata de abocanhar mais cargos, o PMDB virou as costas à presidente Dilma (PT) e aprovou na Câmara uma comissão externa para investigar a Petrobrás. Com essa postura, os peemedebistas se distanciam um pouco mais dos petistas nos estados e, certamente, em Mato Grosso do Sul, onde ambos tentavam uma aliança histórica.
As cabeças pensantes da política sul-mato-grossense vão acompanhar à distância a sessão de cassação do prefeito da Capital. Delcídio do Amaral (PT) pode não morrer de amores por Bernal (PP), mas também não quer ver seu lugar sendo ocupado por quem poderá dar munições aos seus possíveis adversários na corrida pelo Parque dos Poderes.
O desconforto entre PMDB e PT em nível nacional não passa de jogo de cena de peemedebistas ameaçando romper com o presidente de plantão. A avaliação é do articulista Ricardo Melo, que cita ainda a biografia atribulada do líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha, alvo de processo no STF (Supremo Tribunal Federal), cuja fama é de não levar desaforo pra casa.