A saída de várias lideranças políticas do PMDB e do PDT deve causar uma grande fissura nos quadros das legendas, com destaque para o peemedebista Marquinhos Trad e para os pedetistas Felipe Orro e Beto Pereira.
A crise que abala o governo federal começa a desaguar aqui na ponta, ou seja, nos municípios, principalmente nos menores. A falta de dinheiro já começa a afetar até mesmo o salário do funcionalismo.
‘Delação Premiada’ são duas palavrinhas que estão dando o que falar no país nesses últimos tempos. Elas formam um benefício legal concedido a um criminoso delator, que aceita colaborar em investigações e entregar envolvidos em trapaças.
O tempo de filiação partidária para quem pretende disputar as eleições do ano que vem começa a entrar em contagem regressiva. O prazo é o fim do mês de setembro, o que até o pleito eleitoral de 2015 chega um ano de ligação com a sigla pela qual o candidato vai concorrer.
Parlamentar com votos conseguidos na base do ‘toma lá dá cá’, ou seja, ‘dinheiro pra você, voto pra mim’, deve estar de orelha em pé com os recentes escândalos que vieram à tona.
O momento de instabilidade no quadro político em Campo Grande, com possíveis recuos de pré-candidatos, além de minar potenciais postulantes à cadeira do prefeito Gilmar Olarte (PP), pode servir de motivação para grupos que até então não tinham chances de faturar o maior reduto eleitoral sul-mato-grossense.
A queda de braço travada entre a bancada pedetista da Assembleia Legislativa e o novo comando do partido parece sem fundamento, segundo analistas. Entendem que, sem um nome que desperte o interesse do eleitor para a disputa da prefeitura da Capital, a sigla deve se contentar em fazer uma boa composição para não ficar no prejuízo. Caso não haja um acordo entre eles até o mês de setembro, os três deputados falam em deixar a legenda para enfraquecer a nova direção regional. Pelo jeito, um acordo parece improvável.
Satisfação
O sucesso do projeto ‘Caravana da Saúde’ começa a extrapolar fronteiras e pode ser implantado nos Estados do Amapá, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. O interesse dos três surgiu após o resultado positivo alcançado nas etapas iniciais da nova forma de tratar a saúde da população sul-mato-grossense. O número de pessoas atendidas e o grau de satisfação delas dão às autoridades a certeza de que a saúde de MS está no caminho certo. Com isso, Reinaldo Azambuja (PSDB) já fala em tornar o projeto permanente.
Holofotes
Mais preocupado com as lentes das câmeras sobre si do que com a vontade popular, o presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não consegue fazer andar a tão sonhada reforma política. Sem dar uma resposta positiva, o peemedebista agora fala em mudar o sistema de governo, passando do regime presidencialista para o parlamentarista. Antes de entrar nessa questão, porém, é preciso que essa reforma venha ao encontro dos anseios do cidadão, que espera por mudanças no atual sistema eleitoral.
Desacordo
A presidente Dilma deve receber nos próximos dias um puxão de orelha por não cumprir a emenda constitucional, promulgada pelo Congresso, que concede aumento de 1% sobre o valor do FPM repassado às prefeituras. Pelo acordo, o aumento de 1% seria dividido e pago em duas parcelas: a primeira, de 0,5% - e calculada no período de julho de 2014 a junho de 2015 -, até o primeiro repasse de 2015. O valor seria pouco superior a R$ 1,9 bi.
Redução
Agora, porém, Dilma diz que o valor só vai considerar, para efeitos de cálculo do repasse, o período de janeiro a junho de 2015, o que reduzirá, o total a ser destinado aos municípios, em R$ 1 bi. A segunda parcela de 0,5% será efetuada em julho de 2016, completando o 1% aprovado na Emenda Constitucional e, a partir daí se repetir anualmente, sempre em julho. Diante da pressão, o secretário Geral da Presidência da República, Miguel Rosseto, busca uma saída para evitar novas ações judiciais.